O que se pode observar na atual conjuntura da sociedade brasileira é uma discussão dos assuntos relacionados aos meios para reduzir o consumo excessivo de plástico. É possível notar que, apesar de haver uma legislação avançada no que se refere a garantia das diretrizes (a exemplo do artigo 225 da Constituição Federal), ainda há empecilhos que contribuem para o não cumprimento da lei, como o uso desenfreado e descarte incorreto de polímeros sintéticos, dentre outros. Nessa perspectiva, esses entraves devem ser sanados de imediato para que uma sociedade integrada seja alcançada.
Em primeira instância, a Segunda Revolução Industrial iniciada no século XIX, possibilitou o uso do petróleo para a produção do plástico, além de fomentar o consumo em massa na sociedade. Análogo a isso, na pós-modernidade grande parte dos produtos, principalmente as embalagens, são produzidos dessa forma e descartados após o primeiro uso sem a destinação correta na maiorias das vezes, acarretando assim, um desequilíbrio na fauna e flora comprometendo a cadeia alimentar e os recursos naturais. Além disso, o documentário "Oceanos de plástico", produzido pela Netflix em 2016, revela que 8 milhões de toneladas de plástico chegam aos mares todos os anos, o que ressalta a necessidade de haver medidas que sanem tais problemas.
Outrossim, o filme "Wall-E", produzido pela Disney, se passa no ano 2700 e tem como cenário um planeta Terra inabitável, que foi completamente destruído pelos impactos ambientais causados pelo lixo, decorrente de uma sociedade exacerbadamente consumista e que descarta mais do que utiliza. Mediante o exposto, visando evitar que cenários como o do filme se perpetue na sociedade, durante a Conferência da Terra realizada em 1992, foi proposta a política dos 3 R's (Reduzir,Reutilizar e Reciclar), que tem como objetivo maximizar a sustentabilidade incentivando a mudança de hábitos sociais, como o uso de canudos e talheres biodegradáveis, sacola retornável, dentre outros. Ademais, para que todos tenham direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e preservado para presentes e futuras gerações como afirma a Constituição, é necessário que os indivíduos modifiquem seus costumes.
Portanto, assim como na física, é necessário que uma força atue sob um objeto a fim de romper sua inércia. Assim, o poder público, como instância máxima de poder, deve por meio do Ministério da Educação, inserir na grade curricular escolar uma disciplina voltada à educação ambiental, através de aulas sobre como reduzir o consumo, incentivo à reciclagem, além de enfatizar o valor dos 3 R's, assim, irá surtir um efeito maior de conservação e sustentabilidade. Além disso, é de suma importância que o Ministério do Meio Ambiente instaure leis que estimule as indústrias a substituírem o uso de polímeros sintéticos por biodegradáveis, como a seringueira. Assim, será possível reduzir o consumo de plástico e, posteriormente, promover um meio ambiente ecologicamente preservado como afirma a Constituição.