Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo indiscriminado de bebidas alcoólicas é a principal causa de aproximadamente 3 milhões de mortes por ano. É perceptível, a partir disso, que a ingestão do álcool de maneira descontrolada evidencia uma situação preocupante e urgente no cenário mundial, inclusive no Brasil. Nesse sentido, tendo em vista os múltiplos problemas que o álcool pode causar, é imperioso analisar o caos social desdobrado em virtude do vício, bem como considerar a necessidade de conscientização da população jovem em relação a essa temática.
Cabe ressaltar, a princípio, que a falta de controle sobre o consumo de bebidas alcoólicas é capaz de submeter muitos indivíduos à condição de dependência química. A esse respeito, o documentário "As fronteiras do álcool", disponível no YouTube, relata as experiências negativas de diversos setores da sociedade com as bebidas fermentadas, enfatizando a mudança de comportamento causada pelo hábito de beber. Isso ocorre porque as bebidas alcóolicas possuem substâncias químicas que, além da sensação de prazer, estimula a perda de equilíbrio e de domínio próprio. Como consequência, os indivíduos que consomem o álcool descontroladamente tendem a abandonar a família, o emprego e a reproduzir comportamentos violentos com os próximos.
Outrossim, é igualmente preciso inferir a predominância, sobretudo entre os jovens, a ideia de que a diversão somente é possível mediante ao consumo do álcool. Essa tendência, entretanto, quando acompanhada pela falta de responsabilidade e de prudência, aumenta os riscos de acidentes de trânsito, por exemplo. A esse respeito, o episódio "Máquinas que matam", do programa televisivo "Profissão Repórter", é mostrada a naturalidade como os indivíduos assumem o controle de veículos após a ingestão de álcool. Sob essa ótica, pode-se afirmar que a continuidade de condutas desse tipo é completamente prejudicial à integridade humana uma vez que motoristas embriagados, ao perder o controle, colocam a sua vida e das outras pessoas em risco.
Urge, portanto, a tomada de medidas que viabilizem a atenuação do impasse, de modo a materializar uma sociedade menos vulnerável à estatística indicada pela OMS. Para tanto, é dever do Poder Judiciário, área que atua em prol do cumprimento das normas constitucionais, reforçar a prática das leis relacionadas ao consumo abusivo do álcool. Essa medida pode ser efetivada através do aumento das multas que devem ser pagas por pessoas que insistem em dirigir embriagadas e tem a finalidade de intimidar e evitar tal comportamento. Ademais, é pertinente que o Governo Federal fortaleça as propagandas educativas que fazem abordagem acerca das bebidas alcoólicas promovendo, com isso, uma maior consciência e zelo dos indivíduos.