Na obra “A república”, o filósofo grego Platão idealiza uma cidade livre de desordens e problemas, em que o povo trabalha em conjunto para superar todos os obstáculos. Fora da ilustre produção literária com ênfase na sociedade brasileira contemporânea, percebe-se o oposto dos ideais de Platão, visto que a violência doméstica representa um óbice de grande proporção. Assim, é notório que esse cenário antagônico é resultado do machismo enraizado na sociedade, quanto ao isolamento social devido à pandemia.
Em primeira análise, é lícito postular a ausência de medidas governamentais para combater á misoginia. De acordo com o artigo 6 da Constituição Federal, são direitos sociais a educação,saúde, alimentação, moradia e a segurança , porém, esse preceito não é concretizado na sociedade, uma vez que a maioria das mulheres, não possuem proteção dentro de suas casas. Ao partir desse pressuposto, percebe-se que é de extrema importância a regulamentação de leis contra violência a mulheres, pois a ineficácia desta lei pode causar um aumento significativo no feminicídio, problemas psicológicos na pessoa agredida e sobrecargas no sistema de saúde.
Outrossim, é crucial explorar o efeito do isolamento social como agente do revés. De acordo com uma pesquisa realizada pela UERJ (universidade estadual do Rio de Janeiro), o estresse aumentou mais de 50% durante a pandemia. Diante do exposto, percebe-se que esse estudo denúncia um problema global durante a pandemia, pois, a influência do estresse, desemprego e a sobrecarga em serviços domésticos acarretam a violência dentro dos lares.
Portanto, diante dos aspectos conflitantes relativos devido ao machismo, é indiscutível a realizações de ações interventivas. Para tanto, cabe ao Governo Federal-principal responsável por manter a ordem pública e a segurança nacional-implementar uma maior regulamentação de leis, por meio de uma melhor distribuição de verba pública, a fim de garantir um país igualitário. Assim, haverá uma sociedade mais justa.