A pandemia do novo coronavírus afetou todo o mundo globalizado. Nesse caso, a rápida transmissão do vírus modificou o cotidiano das sociedades modernas. Esse fato foi essencial para mostrar a evolução das desigualdades sociais no Brasil. Destarte, é imperativo entender dois motivos dessa problemática: a forma como esse evento atingiu a classe mais pobre e a ineficiência estatal.
Inicialmente, a maneira como o COVID-19 afetou a classe trabalhadora apresenta-se como catalisador desse problema. No filme "Parasita", ganhador do Oscar de 2020, a população mais pobre tende a sofre mais por possuir menores condições monetárias. Essa realidade é analisada no contexto nacional, já que os trabalhadores, principalmente a mão de obra menos qualificada, como as empregadas domésticas, foram mais prejudicados no período pandêmico. Prova disso está no contato diário desses com outros indivíduos no transporte público, que se deslocam para o serviço, sendo que muitos não possuem veículos próprios, aumentando as chances de contaminação. Com isso, como consequência, aquilo que foi observado no filme tende a repetir-se nesse ambiente.
Ademais, a pouca eficiência do governo mostra-se como outro motivador dessa adversidade. De acordo com o filósofo inglês John Locke, a instituição governamental precisa oferecer condições para que os cidadãos usufruam das suas regalias. Entretanto, esse conceito não é praticado no país, visto que o poder público não investe na rede pública de saúde, devido a tendências neoliberais que impedem a interferência estatal. Tal fato é corroborado pela carência de equipamentos, como respiradores, ou pela baixa abertura de leitos de UTI, em hospitais públicos, durante esse processo. Logo, como efeito, a população brasileira fica desamparada nesse momento crítico.
Depreende-se, portanto, que ações são necessárias para minimizar o crescimento das desigualdades sociais com a pandemia no Brasil. Desse modo, é mister que o Estado, junto ao poder municipal, promova campanhas econômicas. Essas devem acontecer em plataformas virtuais, como o YouTube, por meio de palestras que estimulem a doação de produtos, como álcool em gel e máscaras, para evitar a contaminação da comunidade menos privilegiada, a fim de erradicar esse contratempo. Dessa forma, a dificuldade exposta poderá ser superada.