É indiscutível que o racismo é algo enraizado na cultura brasileira, devido à colonização do século XV e da escravidão, que durou até o século XIX. Tal situação indica que a herança deixada por esses acontecimentos é de preconceito racial, desigualdade e descriminação com pessoas negras. Nessa perspectiva, observa-se que tal questão aponta para um panorama desafiador, relacionado à naturalização do preconceito e à falta de coercitividade do Estado.
A princípio, verifica-se que o racismo é, constantemente, naturalizado pela sociedade brasileira, visto que é algo comum aos indivíduos e, até mesmo, considerado normal. A respeito disso, sabe-se que desde o “descobrimento” do Brasil e da sua constituição como país, é de praxe submeter os negros à situações de inferioridade e promover tais atitudes entre o povo. Desse modo, infere-se que mesmo nos dias atuais, é possível ver pessoas cometendo crimes raciais, e seus expectadores se omitirem devido à “normalidade” do ato.
Ademais, deve-se verificar que a falta de coercitividade do Estado contribui de forma considerável para a continuidade do crime. Quanto a isso, considera-se que mesmo havendo uma punição para aqueles que cometem tal ato, as pessoas não deixam de fazê-lo. Nesse sentido, observa-se que falta ao Estado poder coercitivo sobre os indivíduos, para que se faça cumprir o estabelecido na Constituição Federal, acerca dos direitos básicos de todos os cidadãos e para punir devidamente aqueles que não o fizerem.
Dessa forma, medidas são necessárias para solucionar tal problemática. Por isso, é preciso que o Ministério da Educação conscientize os jovens acerca do racismo, por meio de palestras educativas sobre o assunto, a fim de promover a consciência coletiva sobre o problema e garantir que tais atos não serão praticados futuramente por esses indivíduos. É pertinente também que as mídias sociais divulguem informações a respeito dessa prática e suas devidas punições, para auxiliar na conscientização da população, por intermédio de campanhas antirracistas. Assim, será possível estabelecer uma sociedade mais consciente de seus atos e mais empática com o próximo.