Tema: Desafios para combater a intolerância religiosa no Brasil
Com o advento da Costituição Federal de 1988, foi assegurado oficialmente aos brasileiros a liberdade de seguir seus costumes e crenças sem nehuma interferência opressora. Entretanto, o cenário idealizado não se torna real nem posto em prática na atualidade, haja vista que a hostilidade ainda se perpetua em meio a falta de aceitação com as diferenças religiosas. Dessa forma, a intolerância religiosa surge, junto a necessidade de combater aos atos de inconstitucionalidade na sociedade, devido à falta de empatia e ao sentimento de superioridade.
Em primeira instância, a falta de amor ao próximo distancia ainda mais a tolerância. De acordo com Bauman, sociólogo polonês, em seu livro "Modernidade líquida" versa sobre a individualidade do ser e a indispensável empatia para tornar os pensamentos mais coletivos. Analogamente, a realidade não se difere, visto que o pensamento egoísta corrompe o sentimento empírico dos cidadãos e afasta o respeito nas diferenças sociais e históricas de cada crença religiosa. Com isso, a coletividade torna-se importante para que seja valorizada a liberdade da população para seguir seus princípios.
Ademais, o pensamento de superioridade de algumas religiões sob outras dificulta a compreenção da sociedade. Históricamente, após a chegada dos portugueses ao Brasil em 1500, a catequisação dos índios pelos europeus e a marginalização das religiões africanas favoreceram a perpetuação do cristianismo no país. Dessa forma, a dificuldade de compreensão da população em aceitar a prática de religiões não eurocêntricas reflete nos inúmeros ataques feitos aos centros espíritas e terreiros umbandas. Assim, mostra-se evidente que o preconceito com a diversidade cultural é fruto de raízes históricas que oprimem aqueles que não desejam serem privados de seguir seus valores descendentes com opressão da população.
Portanto, acabar com a intolerância religiosa é oferecer um ambiente mais acolhedor. Para isso, é dever do Estado, em parceria com o Ministério da Cultura, criar núcleos culturais focados em perpetuar o conhecimento de diferentes religiões e crenças, por meio de dinâmicas sociais e feiras culturais locais, afim de proporcionar empatia e encanto com as diversas culturas presentes no Brasil. Desse modo, finalmente a falta de coletividade e o sentimento de superioridade religiosa seriam resolvidos e a população teria a Constituição Federal de 1988 em prática na sociedade.