Com o advento da “internet” nos Estados Unidos no ano de 1969, se proporcionou a criação das redes sociais com a finalidade de se compartilhar com os outros a vida pessoal. No entanto, a superexposição poderá acarretar malefícios ao psicológico e a segurança do indivíduo.
Em uma primeira análise, cita-se Frederick Engels com a célebre frase “o ser humano é influenciado pelo tempo e horizonte em que vive”, nesse contexto se integra a busca por aceitação pelos usuários do meio virtual, buscando-se elogios e prestígio desse grupo específico por vias da exposição demasiada do corpo, lugares de lazer e relacionamentos. Por outro lado, neste espaço cibernético, não há parâmetros sociais que impeçam ataques de ódio direcionados a estas pessoas. Estas ações maldosas afetarão o psicológico do usuário, levando-o a estágios de depressão e em último caso ao suicídio. A exemplo do jovem Lucas de 16 anos, no qual após a postagem de um vídeo flertando com seu amigo, recebeu diversos comentários homofóbicos e de ódio em virtude da demonstração do afeto entre eles, ocasionado o suicídio do adolescente.
Além disso, há a exibição demasiada de crianças e recém-nascidos nas redes sociais. Esta ação, protagonizada pelos pais, com o propósito de guardar as memórias de lazer, apresentações, idas à escola e até momentos engraçados do filho no dia a dia. Entretanto, este simples ato obtém a possibilidade da geração de conteúdos inapropriados por pedófilos, ou até mesmo esquemas de sequestro utilizando os dados pessoais da família. Por exemplo, na cidade de Ilhota, um casal protagonizou o sequestro de um menino de 9 anos após coletar dados sobre a escola e local de trabalho do responsável, pelas fotos compartilhadas via Facebook.
Dados os fatos supracitados, entende-se que os criadores das redes sociais devem programar mecanismos mais eficientes de privacidade, permitindo ao usuário escolher quem verá suas publicações. Ademais, os pais podem monitorar e conscientizar seus filhos sobre os riscos da superexposição na ‘internet’, aconselhando a ocultação dos locais de lazer e localização da escola, para assim se estabelecer a segurança interna e externa do indivíduo, decrescendo-se a ocorrência de crimes reais e virtuais.