O filme "Cartografia" é baseado no assédio moral sofrido pelos idosos, desmascarando a identidade cultural de uma sociedade onde o velho não pode ser um “ser” desejante e ator da sua própria história. Fora da ficção, essa realidade é verídica, visto que a violência contra idosos no Brasil ainda é uma problemática a ser resolvida. Assim, a negligência governamental sustenta a perpetuação desse panorama, enquanto o abandono de idosos é uma consequência dessa situação.
Diante desse cenário, o governo não lida devidamente com o assunto em questão. Segundo o site da G1, em 2021, o número de denúncias de violência contra os idosos cresceu 59%. Nesse sentido, o Estado não evoluiu meios para proteger os idosos de agressões, expondo-os a situações de risco, consequentemente, ameaçando o bem-estar dos mesmos. Logo, é indispensável ações governamentais para defender e assegurar os mais velhos de seres maléficos a sociedade.
Simultaneamente, o abandono de idosos é uma consequência desse impasse. Nesse sentido, a ideia "Banalidade do mal" diz que coisas ruins são normalizadas pela frequência que acontecem. No entanto, por conta da violência contra os idosos, muitos deles são colocados em asilos, algo que é visto com normalidade na sociedade atual por conta da constância que ocorre. Assim, é preocupante a super lotação de asilos e o crescimento do abandono de idosos em locais ainda menos favorecidos.
Portanto, a violência contra os mais velhos ainda existe em pleno século XXI. Essa realidade necessita de ser suprida, para isso, urge que o governo -órgão de autoridade governante- proteja os idosos, por meio de criação de leis, a fim de assegurar os mesmos e garantir que tenham um bom lar. Somente assim será possível reverter a situação atual.