Na série norte-americana, "Good girls", lançada em 2018, exibe-se a facilidade que qualquer pessoa, independentemente, de sua classe social, consegue adquirir uma arma de fogo. Ao ter isso em vista, sabe-se que no país somente pessoas com treinamento possuem porte de arma. Todavia, nos últimos anos, percebe-se um aumento na circulação de tal objeto após os novos discursos sobre defesa pessoal que são postados nas redes sociais, no entanto, esse crescimento gera maior desigualdade econômica e contribui com o aumento da violência na sociedade. Tais problemas devem ser pautados e solucionados com urgência.
Em primeira análise, nota-se que, recentemente, o índice de pobreza no território brasileiro cresceu de forma acelerada, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), esse número era de 27 milhões de pessoas em fevereiro de 2021. Dessa forma, o incentivo e a aquisição de armas de fogo é um fator que contribui com o aumento da divisão de classes, ao saber que somente pessoas da burguesia são, economicamente, capazes de comprar o instrumento e um treinamento para utilizar desse recurso. Além disso, daria possibilidade somente aos indivíduos da elite de terem uma defesa pessoal, deixando a classe mais baixa sem proteção individual.
Nesse sentido, é evidente que quanto mais cidadãos com porte e posse de arma, mais a violência aumenta. Notadamente, aumentou-se a disseminação nos meios midiáticos de que a liberação do uso de tal ferramente auxiliaria na segurança, no entanto, sem que haja uma fiscalização e controle, o número de acidentes cresceria, assim como o possível assassinato da jovem Isabele Ramos em julho de 2020 em Cuiabá, Mato Grosso. Certamente, a luta e defesa pela melhoria do sistema público de segurança é importante para o desenvolvimento de uma sociedade mais igualitária e segura dentro da lei. Segundo o artigo 144 da Constituição, isso é um dever do Estado e direito de todos.
Em síntese, é de extrema importância que haja uma intervenção do Ministério da Segurança Pública, juntamente ao Congresso Nacional para o aprimoramento da proteção dos cidadãos, por meio da elaboração de novas leis que proibam a venda de armas de fogo aos civis e uma melhoria da vigilância no país, a fim de assegurar uma condição de vida mais segura e digna a todos sem que haja distinção entre classes sociais. Tal ação poderá, também, colaborar com a diminuição da violência e, com o tempo, uma convivência mais pacífica entre as comunidades.