Segundo a Constituição Federal de 1988, a educação é direito de todos. No entanto, pessoas com deficiência(PCD), especialmente os surdos possuem dificuldade no acesso à educação, visto que as instituições de ensino públicas e privadas brasileiras não possuem a estrutura necessária para garantir acessibilidade, fato esse gera uma exclusão de alunos com deficiência auditiva. Dessa forma, é necessário encontrar meios para contornar os desafios para a formação educacional de surdos no Brasil.
Partindo desse pressuposto, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater o imbróglio da carência de acessibilidade na educação para surdos no país. Essa conjuntura, segundo o filósofo John Locke, configura-se como uma violação do "contrato social", já que o Estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos básicos, como a educação. Assim deixando pessoas surdas às margens da sociedade, e obrigando-as a optar por outros métodos de estudo.
Tendo isso em vista, de acordo com um uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira(INEP) no ano de 2016, houve uma redução de cerca de 50% no número de matrículas de surdos na educação básica. Diante tal exposto, torna-se preocupante a quantidade de pessoas com deficiência auditiva que não possuem alcance à educação por falta de acessibilidade. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.
Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que o Governo Federal, por meio do Ministério da Educação, implemente acessibilidade nas instituições de ensino brasileiras, por intermédio de professores capacitados e decretanto que todas as escolas do país adotem a línguagem de sinais como segunda língua oficial, com o intuito de garantir a democratização do acesso à educação. Assim, acabando com os desafios para a formação educacional de surdos no Brasil.