Na contemporaneidade, os debates acerca da promoção da saúde bucal no Brasil aumentaram de forma gradativa. Nesse viés, o crescimento dá-se, principalmente, devido à naturalização da problemática que, diante da carência informacional coloca o indivíduo em uma precariedade odontológica. Dessa forma, consequentemente, o bem-estar e o direito à saúde, promulgado na Constituição Federal de 1988 é afetado, o que dificulta a efetivação das tarefas. Logo, torna-se evidente a necessidade de adotar medidas para solucionar os problemas provocados nos seres, diante da ausência de interesses que impeçam os problemas bucais,assim, melhorar a qualidade de vida.
Nesse sentido, é necessário avaliar como a falha de prevenção odontológica contribui para fomentar condutas perigosas no meio atual, haja vista que muitas doenças são desencadeadas a partir do contato com a boca. Em consonância com a filósofa francesa Simone de Beauvoir, mais escandalosa que a existência de uma problemática é o fato da sociedade se habituar a ela. Logo, o pensamento faz referência com a realidade brasileira, já que o desconhecimento populacional coloca a odontologia preventiva como algo luxuoso e desnecessário para a maioria dos cidadãos, o que faz naturalizar a falta de salubridade na esfera diária . Com isso, a lamentável falha comunitária implica diretamente em maiores problemas bucais, além de dificultar, infelizmente, uma sociedade mais saudável.
Em seguida, é relevante examinar que a qualidade de vida dos indivíduos pode estar sendo infringida, visto que a falta de procura para evitar possíveis problemas proporciona o distanciamento higiênico odontológico grupal. Assim, o direito à saúde e a afirmação do filósofo inglês Thomas Hobbes, que fala sobre o Estado ser responsável pelo bem da população, é impossibilitada. Desse modo, é evidenciado que, lamentavelmente, a continuidade de uma sociedade que só busca a odontologia por estética e para já resolver contratempos, além de não apresentar um acesso higiênico bucal acessível para a maioria da população, resulta em adversidades sociais e dificulta, infelizmente, um coletivo saudável.
Portanto, diante da ausência de interesses que evitem possíveis problemas odontológicos é indiscutível a representação de uma ameaça concreta aos indivíduos que diretamente e indiretamente figuram como vítimas desse legado. Nesse sentido, o Poder Executivo, na figura do Ministério da Saúde , por meio de políticas públicas e de palestras deve ampliar os investimentos em informações sobre a odontologia e sobre a importância da saúde bucal, além de contar com dentistas. Espera-se, com isso, identificar e atenuar os agentes causadores dessa problemática,assim, beneficiar a população.