TEMA: “POLUIÇÃO DO AR: COMO MINIMIZAR ESSE DESAFIO GLOBAL”
Na animação norte-americana “Lorax: em busca da trúfula perdida”, é retratada a construção de uma cidade dentro de uma bolha plástica, com o intuito de filtrar o ar poluído para os cidadãos. Fora das telas, a poluição do ar é um problema que assola todo o cenário global, em virtude, principalmente, do consumismo e da queima exacerbada de combustíveis fósseis.
Sob tal ótica, é importante destacar que o consumo desmedido colabora com a manutenção da problemática. Isto é, a compra impulsiva de produtos fabris influencia na formação de um sistema produtivo insustentável, já que - para acompanhar a demanda produtiva - as empresas optam pelo uso de combustíveis maléficos para o meio ambiente, como carvão e petróleo, em razão de sua alta eficiência energética. Essa dinâmica foi estabelecida em meados do século XIX, com o advento da Segunda Revolução Industrial, uma vez que o aumento da produção proporcionou a emissão desordenada de gases poluentes na atmosfera. Desse modo, é notável que a irresponsabilidade ambiental, atrelada à cultura do consumo, promove impactos preocupantes em todo o corpo social e natural.
Ademais, vale ainda salientar que a utilização desordenada de comburentes, como a gasolina e o etanol, corrobora a ampliação da contaminação atmosférica. Nessa perspectiva, a grande circulação de automóveis individuais, em maior escala nos centros urbanos, exige o uso de combustíveis fósseis, os quais emitem substâncias voláteis de vasto impacto ambiental. No Brasil, esse cenário foi influenciado por um “modelo carrocrático” criado pelo antigo líder político Juscelino Kubitschek, o qual valoriza a supremacia dos carros nas cidades. Dessa forma, toda a população é afetada pela desordem urbana, na medida em que a poluição do ar pode causar, além dos efeitos antrópicos sobre o planeta, doenças respiratórias nos indivíduos.
Portanto, é necessário que a Organização das Nações Unidas para a Educação, agência educacional de alcance mundial, crie um plano pedagógico em escolas, por meio de palestras e oficinas relacionadas aos efeitos negativos do consumismo, a fim de formar cidadãos conscientes dos impactos que suas ações podem causar no planeta. Além disso, é fundamental que as empresas produtoras de combustíveis automotivos invistam na fabricação de biocombustíveis, posto que geram poucos resíduos, por meio do uso de plantas de fácil cultivo, como cana-de-açúcar e milho, a fim de diminuir a emissão de gases poluentes. Só assim, divergente da realidade experienciada pela cidade do filme “Lorax”, a comunidade global caminhará, a médio prazo, em direção de um futuro equilibrado.