Democratização do acesso ao saneamento básico no BrasilA Constituição de 1988 assegura o direito do saneamento básico, que consiste em esgostamento sanitário, drenagem urbana e, principalmente, abastecimento de água. Porém, devido ao baixo investimento nesse aspecto, desafios como propagação de doenças, majoritamente em classes mais baixas, trazem muitos efeitos negativos para a população. Portanto, é necessário compreender os desafios da democratização do acesso ao saneamento básico no Brasil.Primeiramente, deve-se pontuar que este problema está presente na nação brasileira desde o seu ínicio. O escritor Gilberto Dimenstein, em seu livro ''Cidadão de Papel'', fala sobre o fato das leis da Constituição não serem colocadas em prática. Desse modo, como mostra a crítica do livro, as leis que garantem o direito básico de saneamento não são aplicadas, causando maior chance de propagação de doenças, como dengue e leptospirose.Ademais, a desigualdade social nessa situação existe desde o começo do processo de urbanização das cidades brasileiras. Sendo assim, famílias com baixa renda são as que mais sofrem com a falta de água e esgoto tratado, bem como de serviços de recolhimento de lixo, por viverem em regiões marginalizadas. Em 2019, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostrou que cerca de 34 milhões de domícilios não tem acesso ao saneamento básico no Brasil. Em virtude dos aspectos mencionados, é de suma importância combater os desafios dessa problemática. Portanto, é fundamental que o governo, mais especificamente, as agências reguladoras como a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico crie projetos de conscientização sobre a importância da democratização ao acesso dessa infraestutura na vida do cidadão, por meio de palestras e campanhas, em ambientes sociais, visando melhorar a situação do saneamento básico brasileiro, assim cumprindo de fato com o que é garantido na Constituição Federal de 88.