Tema:A banalização do Holocausto nos dias atuais e os efeitos na sociedade moderna
Em “Em busca de um sentido”, o psicólogo Viktor E. Frankel conta como sobreviveu ao campo de concentração em seu máximo horror. Hodiernamente, a atrocidade do holocausto e o nazismo vem se esvaziando de sentido, experiências como a de Frankel e as lições que ele nos repassou correm o risco de ser banalizadas. Dessa maneira, essa séria problemática implica em duas questões como o retorno do discurso de ódio e o desrespeito a memória das vítimas.
Inicialmente, desrespeitar a memória das vítimas é mais que um ato político, é um ato fundamentado na mais torpe moral humana. Dessa forma, ao passo que o ser humano escolher ignorar, esquecer ou ridicularizar a perseguição, a Auschwitz, a câmara de gás, a tortura, a morte, este se bestializa, afunda à lama a memória da Anne Frank ou de todos os sobreviventes da Lista de Schindller, por exemplo. Nesse sentido, é inadmissível esquecer as atrocidades, as pessoas e ir além desrespeitá-las.
Outrossim, reacender esse ignóbil discurso de ódio em nada além de desgraças pode resultar. Nesse sentido, a Filósofa judia Hannah Arendt em seu conceito de “banalidade do mal” alerta, não é necessário o desejo puro de espalhar o horror, apenas é necessário que o indivíduo não seja capaz de pensar por si próprio e opor-se ao mal para algo terrível como o Nazismo se espalhar. Por conseguinte, imagina-se que tais apoiadores nos dias de hoje são pessoas como Arendt define “Banais”, no entanto, com ideias perigosas as motivando a banalizar o holocausto.
Diante deste escopo, faz-se fundamental a atuação do Ministério da Educação, que deve conscientizar as pessoas, por meio de alterações na grade curricular, inserindo conteúdos de cunho artístico, histórico, documentários, palestras, dessa maneira aplicando assim a formação cidadã para um fim louvável, a fim de criar indivíduos pensantes contrários a qualquer regime totalitário. Além disso, o Ministério da Cidadania, deve assumir a responsabilidade de relembrar as duras lições do passado, por meio de museus, datas especiais e campanhas. Logo, a concatenação dessas ações pode fazer o mínimo para honrar a memória de todas as vítimas dessa barbárie humana.