A inclusão social de deficientes físicos é uma problemática em vários países do mundo e no Brasil não é diferente. É perceptível uma carência inclusiva ao observar a falta de acessibilidade estrutural e de oportunidades econômicas e sociais. Desse modo, não apenas marginaliza-se uma parcela da sociedade, como também impede avanços econômicos e sociais num panorama geral.
Primeiramente, vale ressaltar que o desprovimento de estruturas aptas ao acesso de pessoas com deficiências físicas está conectado à falta de oportunidades de inclusão no mundo social. Isto é, o mundo não está preparado em suas localidades e construções para receber pessoas com deformidades, uma vez que estes são excluídos dos espaços de convívio público, o que reflete em suas poucas oportunidades de inserção em mercados profissionais e na discriminação que sofrem no dia a dia. De acordo com uma entrevista do presidente da Conade, Alexandre Carvalho, as maiores dificuldades encontradas pelas pessoas com deficiência são o preconceito e a necessidade de adaptação dos ambientes.
Além disso, por causa dessas questões de privação de inclusão, outros problemas ocorrem. Visto que, ao impedir a chance desses grupos de indivíduos de alcançar sua independentização e chegar ao mercado de trabalho, perpetua-se a sociedade estratificada, com pouca mobilidade entre as “camadas sociais”, sendo estes importantes indicadores da democracia de uma país. Por mais que a Constituição brasileira preveja no artigo 6º e 8º o dever de assegurar à pessoa com deficiência o trabalho, lazer, acessibilidade, convivência comunitária, etc., não é essa a realidade.
Portanto, para garantir aos deficientes físicos a inclusão social, cabe ao Ministério da Cidadania, juntamente aos municípios, a adaptação dos espaços públicos e de suas construções, através da incorporação de rampas, alargamento de portas, barras de apoio, entre outras coisas, a fim de promover a facilidade de acesso aos ambientes, proporcionando a convivência entre diversos membros da sociedade. Ademais, cabe ao Poder Legislativo atribuir maiores formas de fiscalização das leis vigentes na Constituição Federal, que garantem direitos à deficientes. Dessa forma, pode-se diminuir desigualdades já existentes, para, a partir disso, pensar-se em outros modos de resolver problemas futuros.