O filme "A Sociedade dos Poetas Mortos" retrata os impactos da didática, pouco convencional, de um professor que passa a lecionar em uma instituição educacional demasiadamente tradicional. De maneira análoga, fora do meio fictício, a implementação de formas alternativas de ensino, como o acesso à internet nas salas de aula, é imprescindível para o processo de aprendizado. Entretanto, é imperioso que se analisem a defasagem escolar e a negligência governamental, como entraves para o pleno acesso às ferramentas virtuais para fins pedagógicos. Em primeira análise, é importante ressaltar que o método educacional brasileiro é um fator que prejudica a implementação da internet nas escolas, como um direito estudantil. Segundo o educador Paulo Freire, a metodologia de ensino nacional é demasiadamente conteudista e tradicional, o que dificulta a formação de indivíduos pensantes e com senso crítico. À luz do exposto, a maioria das instituições pedagógicas conservam, no seu modo de ensinar, práticas conservadoras, de modo a ignorar os avanços tecnológicos da contemporaneidade. Por conseguinte, os estudantes, os quais convivem com a internet em diversos setores da sua vida, têm seu processo de aprendizado prejudicado, visto que não exploram, no meio pedagógico, as ferramentas que a tecnologia pode oferecer. Dessa forma, o atraso da pedagogia do país dificulta a adesão da internet na esfera escolar. Ademais, é válido salientar que a inobservância do Governo dificulta o acesso à internet no ambiente escolar. De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948, todos têm direito à educação e ao bem-estar social. Todavia, o Estado, a partir da ineficácia na distribuição de recursos e condições, que agem de forma a permitir o acesso às ferramentas do meio virtual, corrobora a perpetuação da exclusão digital no território brasileiro. Em consequência disso, escolas de regiões mais remotas do Brasil, por exemplo, convivem com a escassez da internet, e, consequentemente, não a utiliza como auxílio no aprendizado dos estudantes, o que dificulta a adesão dessa ferramenta como direito educacional. Logo, a inatenção do Poder Público intensifica essa conjuntura. Destarte, é notório que a metodologia escolar e a inadvertência estatal dificultam a implementação da internet no processo pedagógico. Assim, é necessário que as Escolas, como formadoras de cidadãos, promovam, por intermédio de atividades multidisciplinares que utilizam ferramentes digitais, a maior participação da tecnologia no ensino, com o intuito de otimizar o aprendizado dos alunos. Além disso, urge que o Governo, na qualidade de gestor dos interesses coletivos, garanta, por meio da plena distribuição de recursos tecnológicas para todas as regiões brasileiras, a inclusão digital, a fim de mitigar o número de estudantes sem acesso às ferramentas do meio virtual, s quais podem auxiliar o processo educacional.