a banalização do vírus hiv nos dias atuais.
no filme americano "a cura", a história verídica de um menino diagnosticado com aids é contada através dos pensamentos de uma criança que, por consequência de tratamentos sem sucesso e raros investimentos governamentais em pesquisas, o faz buscar a cura de sua doença por si só. à vista disso, o território brasileiro relaciona-se com o enredo do drama, em virtude da falta de incentivos de propagação informacional, pelo estado, perante aos elevados índices de contaminação pelo vírus hiv. dessa forma, a discussão acerca da banalização de tal vírus, nos dias atuais, é de extrema urgência e segue dois pontos principais: o papel das autoridades máximas e o senso comum. primeiramente, deve-se ressaltar o papel do estado sob a doença através da perspectiva de zygmunt bauman. de acordo com o sociólogo, a sociedade líquida está marcada por relações individualistas e fragmentadas. sendo assim, a teoria pode ser observada a partir do quadro político brasileiro, já que as autoridades máximas se pronunciam com tomadas de medidas rápidas e precárias diante de um cenário de óbitos complexo, com mais de 35 mil mortes anuais por essa enfermidade. logo, para que haja maior controle e eficiência nos tratamentos, os estudos e pesquisas necessitam ser ampliados, visto que aids é questão de saúde pública. ademais, a consciência social segue vinculada ao senso comum, que acaba por tratar o vírus do hiv com discriminação e preconceito. dessa maneira, o pensamento vigente é fator primordial para o isolamento de indivíduos contaminados, no qual estes não procuram postos de saúde próximos ou, ao menos, são comunicados sobre a venda e compra fácil de testes para aids em farmácias convencionais. assim, o sentimento de vergonha, juntamente, com a exclusão, prejudica o avanço da coleta de informações para estatísticas. nesse sentindo, conclui-se que a principal medida de profilaxia: uso de preservativos - vai além de proteção sexual. por isso, precisa haver melhorias nos meios de propagação de informações para que a comunidade, em geral, se sensibilize. fica evidente, portanto, que essas e outras medidas são capazes de minimizar os efeitos da conjuntura. logo, o ministério da saúde deve incentivar uma campanha única contra a expansão do vírus do hiv para todos os telespectadores brasileiros, através do redirecionamento de verbas. além disso, a campanha deverá ser desenvolvida em canais abertos nos horários comerciais por meio de relatos de pessoas contaminadas, com consentimento destas, e com informações de profissionais da saúde sobre a doença, para que, então, no futuro, menos sujeitos tenham que passar pelo mesmo sofrimento do personagem mencionado.