Educação a Distância: entraves para sua resolução.
Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, os indivíduos são iguais em dignidade e direitos. No entanto, tal premissa não é verificada na realidade brasileira, uma vez que a democratização da educação a distância é negligenciada. Sob esse viés, é imperioso analisar de que forma a omissão governamental e o silenciamento impulsionam nesse impasse.
Diante desse cenário, é oportuno pontuar que a negligência governamental tem íntima relação com o problema. Acerca disso, Thomas Hobbes, em seu livro "Leviatã", defende a obrigação do Estado em proporcionar meios que auxiliem no progresso do corpo social. As autoridades, todavia, vão de encontro com a ideia de Hobbes, uma vez que não direcionam um olhar a ações que poderiam resolver os entraves relacionados ao EaD, como melhorar a destinação de verba para o ensino online. Assim, tal negligência inviabiliza a dissolução desse revés.
Denuncia-se, outrossim, o agravamento do impasse por parte da falta de debate. Djamila Ribeiro explica que é preciso tirar uma situação da invisibilidade para que soluções sejam promovidas. Porém, há um silenciamento instaurado na questão do ensino a distância, visto que pouco se fala como resolucionar os entraves da democratização do problema, tratando o tema como algo supérfluo. Assim, urge tirar essa situação da invisibilidade para atuar sobre ela, como defende a pensadora.
É urgente, portanto, que medidas sejam tomadas para combater os obstáculos relacionados a democratização da educação a distância. Para isso, o Ministério da Educação-responsável por todo sistema educacional brasileiro-deve investir na destinação de dinheiro para levar educação à pessoas que não têm acesso, por meio da doação de aparelhos eletrônicos e redes de internet. Além disso, são necessários debates entre profissionais da educação para mitigar essa conjuntura inaceitável, a fim de que o ensino a distância seja democratizado, assim como diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos.