A Revolta da Vacina foi um movimento popular que ocorreu em 1904, no Rio de Janeiro – na época capital do Brasil. O motim teve como principal motivo a vacinação obrigatória contra a varíola, que foi imposta pelo governo. Analogamente, nos dias atuais, muitos indivíduos se posicionam contra as vacinas, o que gera um grave impasse para o progresso da saúde entre a nação verde-amarela. Dessa forma, pode-se dizer que tanto a escassez de conhecimento quanto o negacionismo científico corroboram os desafios para garantir a vacinação dos brasileiros.
A partir desse contexto, observa-se que há uma lacuna educacional relacionada à vacinação. A falta de informações sobre o assunto é um dos fatores para as baixas taxas de imunização, ou seja, quanto mais pessoas leigas, menos sujeitos vacinados. Nessa conjuntura, é visível que muitos brasileiros possuem medo da imunização em decorrência da carência de dados e notícias, o que é visto na pandemia do Corona Vírus (COVID19), na qual muitos cidadãos negam a vacina por temerem as reações que ela pode causar. Todavia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declara que a vacinação só é efetiva quando realizada em rebanho. Á vista disso, quando parte da população não se vacina, a sociedade fica exposta e a doença se expande.
Ademais, é nítido que muitas pessoas não acreditam na veracidade dos fatos científicos. O médico britânico Andrew Wakefield publicou, em 1988, artigos que afirmavam que vacinas causavam autismo em crianças. Posteriormente, as informações foram desmistificadas e foi comprado que o médico estava equivocado. No entanto, muitos cidadãos ainda acreditam nessa suposição e, por conta disso, não permitem que seus filhos sejam vacinados. Nesse âmbito, é evidente que há um considerável número de indivíduos propensos a confiar em “fake News”, o que é exemplificado no cenário atual, em que muitos brasileiros não optam por fazer a vacina contra a COVID-19 por acreditarem que sofrerão alterações genéticas.
Portanto, é indubitável que medidas necessitam ser tomadas para garantir a vacinação dos brasileiros. Para isso, o Ministério da Educação (MEC), em parceria com a OMS, deve divulgar informações acerca da imunização, com ênfase nos benefícios que as vacinas possibilitam ao corpo social. Essa ação deve ser viabilizada por meio de palestras, tanto em locais públicos quanto nas redes sociais, a fim de comunicar o maior público possível sobre o assunto. Além disso, cabe as escolas orientarem seus alunos a pesquisar as fontes das informações que chegam até eles, para evitar a propagação do negacionismo científico, conjuntamente com as “fake News”. A partir dessas ações, espera-se obter uma melhora nessa esfera e evitar novos levantes populares como a Revolta da Vacina.