No livro "Utopia", do escritor Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto, o que se observa na realidade contemporânea é o oposto do que o autor prega, visto que a desingualdade social, no Brasil, ainda apresenta barreiras, as quais dificultam os planos de More. Nesse contexto, esse cenário antagônico é fruto tanto da má distribuição de renda, quanto da infraestrutura. Diante disso, convém analisarmos as principais consequências de tal postura negligente para a sociedade.
A priori, o sobrevir da má distribuição de renda é fator determinante para a permanência do problema. Sob esse viés, segundo o filósofo contratualista John Locke, o Estado é responsável por garantir o bem-estar da população, entretanto, isso não ocorre no Brasil. Devido à falta de atuação das autoridades, observa-se que a distribuição de renda deve ser mais eficáis, caso não, traz consequências em relação à desingualdade social, principalmente por não poder tem um emprego e não conseguir sustentar a família. Conforme os dados da Coeficiente de Gini, indicador de concentração de renda de um país, o Brasil é considerado o 10º país com mais desigualdade no mundo, sendo o 4º mais desigual na América Latina. Desse modo, faz-se mister a reformulação dessa postura estatal de forma urgente.
Cabe salientar, outrossim, que a infraestrutura é imperativo como promotor do problema. Com isso, é possível analisar que a falta de políticas públicas deixa muitas famílias de baixa renda a desejar, na qual, pode ocorrer de deixar muitos indivíduos com fome, sem moradia e, que muitas das vezes, optam por seguir caminhos da criminalidade, por não serem privilegiados de forma justa. Em prova disso pode-se destacar, os dados do IBGE, que em 2017 apontaram que 50 milhões de brasileiros vivem na linha de pobreza. Além disso, a pesquisa ainda constatou que o maior índice de pobreza é registrado região Nordeste, afetando 43,5% da população. Tudo isso retarda a resolução, pois, a desigualdade contribui nesse quadro.
Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Logo, necessita-se que o Tribunal de Contas da União direcione capital que, por intermédio do Governo, será revetida através da geração de empregos, para que as famílias possuam renda suficiente para suprir as necessidades básicas para a sobrevivência, com o aprimoramento de políticas de combate ao desemprego e à informalidade do setor empregatício, assim, podendo frear esse tal problema. Como também, o Estado e as Escolas, devem promover a capacitação dos indivíduos, com educação e formação de qualidade, permitindo maiores oportunidades de vida e, para que assim, não haja avanço da problemática. Dessa forma, o impacto nocivo do problema, e a coletividade alcançará a utopia de More.