No período escravocata brasileiro, as escravas eram obrigadas a realizarem atividades sexuais com seus padrões a partir da adolescência. Com o intuito de gerar mais cada vez mais escravos, o índice de gravidez entre as adolescentes cativas se elevou após a proibição do tráfico negreiro. Hodiernamente, a cultura de estupro, e consequentemente, a gravidez entre as jovens brasileiras ainda é perpetuado no Brasil. Diante disso, o desenvolvimento pessoal, social e econômico das vítimas são afetados.
Em primeiro lugar, é necessário destacar que, desde o Brasil colônia, o país é dito como é um país patriarcal, associando a função da mulher ao lar e a criação dos filhos. Por consequinte, essa característica permite aos homens abusarem sexualmente as mulheres, independente da idade, tal como aconteceu com as escravas africanas e a cantora brasileira Anitta. Além disso, essa perpetuação fez com que dados do ano de 2010 indique que 12% das adolescentes de 15 a 19 anos possuíam pelo menos um filho, consoante UNFPA (Fundo de populações das Nações Unidas). Logo, o patriotismo atrelado ao abuso de menores, corroram para o alto índice apresentado.
Em segundo lugar, destaca-se que os problemas não se resumem apenas a violência sexual. Segundo matéria do correio braziliense (2015), a gravidez na adolescência além de trazer os maléficios citados anteriormente, ainda pode corroborar para a morte da adolescente, por agravantes da própria gestação, em relação a mulheres que engravidam na faixa de 20 anos. Por isso, dado esse contexto, verifica-se a frase de Leon Megginso "Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças".
Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e o Estatuo da Criança e do Adolescente devem contribuir para a diminuição do índice de gravidez indesejada na adolecência e o impacto de suas consequências, por meio de um projeto de lei entregue à Câmara dos Deputados. Para isso, a lei deve apresentar prolongação de 15 anos da pena de abuso de adolescentes, e campanhas de consciêntização sobre o assunto dentro do presídio. Além disso, a lei deve estabelecer que as adolescentes abusadas devem ser encaminhadas para projetos de apoio já existentes, que devem promover a restauração psicológica e estratégias de sobrevivência da menor. Dessa forma, espera-se que o governo cumpra seu papel quanto a defesa dos mais vulneráveis na nação.