desafios do ensino a distância no brasil.
em 1988, representantes do povo - reunidos na assembleia constituinte - instituíram um estado democrático, a fim de assegurar o direito à educação como valor supremo de uma sociedade fraterna. entretanto, a pouca importância dada à educação a distância torna a aplicação desses direitos constitucionais uma utopia, seja pela negligência estatal, seja pela desigualdade social.
precipuamente, é fulcral pontuar a ausência de medidas governamentais para melhorar a educação longe das escolas. nesse sentido, de acordo com pesquisa do g1, mais de 30% da população brasileira não possuem acesso à internet. essa conjuntura, segundo o contratualista john locke, configura-se como uma violação ao "contrato social", já que o estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como a educação a distância, o que, infelizmente, é evidente no país.
ademais, é imperativo ressaltar a desigualdade social como promotora do problema. partindo desse pressuposto, no século xvi, a colonização do brasil foi voltada para a exploração de recursos. nessa época, as elites mantinham privilégios e o controle da renda, enquanto outras parcelas da população eram marginalizadas. mesmo séculos depois, a desigualdade ainda é tão expressiva no país. a exemplo disso, tem-se a cidade de melgaço, no pará, que é detentora do pior idh do país, cujos habitantes convivem com a fome e a falta de serviços básicos, como o saneamento e a educação - mais de 50% da população é analfabeta. enquanto não houver igualdade na sociedade, será impossível democratizar o ensino a distância.
é necessário, portanto, que medidas sejam tomadas para melhorar a educação longe das escolas. para isso, o ministério da economia deve entregar um projeto de lei à câmara de deputados - esse projeto poderá se chamar "ensino on" e vai disponibilizar o acesso à internet para aqueles que não a possuem, instalando redes em comunidades mais carentes - a fim de democratizar a educação a distância. assim, consolidar-se-á uma sociedade mais igualitária, na qual o estado desempenhe corretamente seu "contrato social", bem como afirma o pai do liberalismo.