A importância da leitura na infância
A literacia familiar tem origem na Europa renascentista, a partir da criação da impressa por Gutenberg. Essa prática melhora a qualidade da alfabetização e permite no início escolar das crianças o contato com obras literárias. Entretanto, no Brasil, para substancial parcela de meninos e meninas não é realidade essa prática. Dessa forma, há de se desconstruir a desigualdade social e a negligência familiar.
É relevante abordar, primeiramente, que a ausência de inclusão social inviabiliza o acesso aos livros por crianças vulneráveis socialmente. Nessa perspectiva, no século XVI , durante o período da Colônia de exploração, apenas os nobres tinham acesso à leitura e à alfabetização de qualidade. Ocorre que essa realidade ainda pepertua, visto que o alto preço dos livros impossibilita que essa população marginalizada tenha acesso. Diante disso, fica evidente que a desigualdade social representa grave retrocesso ao desenvolvimento da leitura.
De outra parte,a falta de incentivo familiar gera o desinteresse das crianças pela leitura. Segundo o escritor Eça de Queirós, em sua obra ''O Primo Basílio'', crítica a instituição familiar e a perda da sua função social. Nesse sentido, a falta de influência e incentivo da familia impossibilita o progresso literário na infância. Dessa forma, fica clara a necessidade de medidas que combatam a ausência parental na literacia.
Urge, portanto, ações interventivas para ampliar a participação dos meninos e meninas no mundo literário. Cabe ao Ministério da Educação em parceria com os municípios, conscientizar a população sobre a importância da integração da leitura na infância e construir bibliotecas públicas, por meio de palestras direcionadas aos responsáveis das crianças e por meio de repasses de verba, cujo objetivo seria democratizar e criar o hábito da leitura na infância. Somente assim, os meninos e meninas poderão usufruir da literacia e de seus benefícios.