Muito se discute acerca da violência urbana no Brasil – sobretudo em relação à sua disseminação progressiva retratada em programas televisivos como Polícia 24 horas. A partir desse contexto, tal aspecto urbanístico está intimamente relacionado ao avanço da miséria e à má remuneração do servidor público. Logo, para efeito de uma análise produtiva sobre a questão em voga, devem-se ressaltar fatores de cunho social e de impugnação ética. A priori, é importante destacar que dificuldades econômicas diminuem o surgimento de oportunidades e propiciam a elevação dos índices de violência. Nessa perspectiva, há que o almejo do sucesso econômico aliado à falta de chances no mercado de trabalho levam às situações como as retratadas no filme Cidade de Deus, no qual jovens de baixa renda se submetem ao crime como forma de ascensão social, visto que não encontram outras alternativas disponíveis facilmente no meio em que vivem. Desse modo, tal parcela populacional marginalizada potencializa os casos de violência urbana, não por opção, e sim por falta de oportunidade de crescimento econômico. Outrossim, é crucial salutar que o aumento dos casos de violência pública está, também, associado à corrupção das instituições de segurança. Nesse panorama, o longa metragem Tropa de Elite apresenta policiais que desenvolvem um esquema de convivência pacífica e de benefício mútuo com os criminosos, pois, por exercerem um serviço de alto risco e receberem baixos salários, funcionários de corporações como a Polícia Militar tornam-se mais suscetíveis a desvios éticos. Com isso, a sociedade se encontra em um estado de vulnerabilidade em virtude da má atuação pública no serviço de segurança, acarretando o aumento significativo da violência. Portanto, percebe-se que a propagação da violência nas cidades brasileiras está relacionada às questões socioeconômicas do país, de modo a se tornarem necessárias ações eficientes. Para isso, com vistas ao aumento de vagas no mercado de trabalho e do soldo militar, compete ao Ministério da Economia promover a dinamização do mercado brasileiro, por meio da venda de Estatais – as quais devem ter seu capital adquirido pela venda injetado na economia do país. Dessarte, diante de tais ações, ocorrerá a disponibilidade de empregos e o aumento da arrecadação fiscal para alavancar o salário policial, ponto fim, assim, aos motivos socioeconômicos que inicializaram a problemática da violência urbana.