os impactos das redes sociais no consumo entre os jovens
na química, no estudo da cinética, a adição de agentes catalisadores às reações propicia seu desenvolvimento de forma acelerada. analogamente, o processo de globalização e as trocas comerciais entre os países “catalisaram” o consumo no brasil hodierno. nesse contexto, o fluxo constante de ideias, o qual a população, com destaque na parcela mais jovem, é submetida, devido à intensa utilização das redes sociais, acarreta a degradação do meio ambiente em decorrência do consumo exacerbado praticado por estes.
sob essa perspectiva, o geógrafo milton santos, com seu conceito de aldeia global, afirma que a globalização ocasionou um “encurtamento das distâncias”, em escala mundial. sob esse prisma, as redes sociais, criadas com o intuito de corroborar com tal aproximação entre seus usuários, compostos, majoritariamente, por jovens, o quais são mais suscetíveis aos estímulos publicitários, tornaram-se uma nova ferramenta para anunciar produtos. dessa maneira, como é abordado no documentário “o dilema das redes”, a oferta passou a ocorrer antes da demanda, de forma que, mesmo anúncios sem relação com as preferências do internauta lhe são direcionados, com o intuito de estimular as trocas comerciais.
outrossim, o conceito de economia circular baseia-se na fabricação de novas mercadorias a partir de itens já descartados, minimizando os impactos ambientais, ao utilizados como matéria-prima, em contrariedade ao sistema de produção vigente, pautado na linearidade. consoante a isso, a alegação de chico xavier de que “ambiente limpo é aquele que menos se suja”, contrapõe-se com a transição de usuário à cliente observada entre os jovens nas redes sociais. nesse sentido, a extração de recursos naturais em prol do consumo torna-se mais severa a cada ano, uma vez que, segundo estudos do serviço de proteção ao crédito (spc brasil), 30% dos brasileiros acredita que fazer compras melhora o humor.
entende-se, portanto, que os impactos ambientais, decorrem do excesso de publicidade nas mídias e da alta extração de recursos. dessa forma, é preciso que conselho nacional de autorregulação publicitária (conar), em parceria com “ceo”s de empresas, como o facebook, promovam uma queda no consumo entre os jovens, por meio da determinação de limites quanto às campanhas publicitárias nas redes. ademais, é necessária uma parceria entre o instituto akatu e a receita federal, para que este incentive um estilo de vida sustentável entre os cidadãos, enquanto aquele corrobore com a produção de forma circular, através de impostos coletados, a fim de subsidiar as empresas durante a transição. assim, com os jovens consumindo de forma consciente e a publicidade limitada, a preservação ambiental será “catalisada”.