A segunda geração da poesia romântica, renomado fragmento literário do Romantismo, proporciona poesias de autores que têm seus enredos baseados em uma melancolia exacerbada que, consequentemente, tem seus desfechos totalmente engajados na depressão e no suicídio. Esse cenário caótico, semelhantemente, se faz bastante presente no atual enredo brasileiro, visto que a depressão, conhecida como ''O mal do século XXI'', tem se popularizado de modo alarmante dentre o corpo social do país. Mormente, isso se deve à problemas na estrutura que rege o corpo brasileiro, o que traz, como consequência, um crescente número de casos de suicídio dentre a sociedade. Logo, faz-se imperiosa uma análise dessas conjunturas.
A princípio, é válido destacar que o projeto estrutural que sustenta o país apresenta inúmeras imperfeições e, de maneira paralela, o transtorno psicológico em debate tende à se desenvolver. Consoante René Descartes, filósofo e teórico racionalista, o mundo é um imenso espetáculo que, frequentemente, proporciona caos e desordem. Paralelamente, a prática dessa teoria filosófica se populariza constantemente na população brasileira, uma vez que problemas econômicos e financeiros, intolerâncias sociais e, de modo subsequente, exclusões sociais acabam proporcionando pressões e perturbações psicológicas que desenvolvem os casos de depressão que, normalmente, não são vistos como casos de urgente intervenção. Dessa maneira, é notório a urgência de uma correção estrutural que, intuitivamente, colabore com a progressão nacional.
Ademais, tal empecilho debatido também tem o potencial de agregar com o crescimento no número de casos de suicídios no país. De maneira análoga, a série ficcional ''Os 13 porquês'' tem seu enredo baseado no suicídio misterioso de uma jovem que, a fim de mostrar as causas de tal ato, espalhou inúmeros vídeos pelo cenário da trama. Nesse sentido, com a popularização das gravações, notou-se que o principal motivo de sua ação suicida foi uma extrema perturbação psicológica que não teve uma atenção necessária para evitar o ocorrido. Analogamente, é perceptível que tal desfecho não se solidifica somente na ficção, mas também na realidade, devido ao fato do corpo social hodiernal nacional não considerar, frequentemente, que a depressão e o suicídio são casos que precisam de uma atenção cautelosa.
Percebe-se, portanto, que os impactos que a depressão causa na sociedade brasileira precisam de uma análise estratégica. Dessarte, a fim de suavizar o empecilho em debate, urge que os setores de psicologia, psiquiatria e psicanálise do Ministério da Saúde disponibilizem profissionais voluntários para tratamentos psicológicos, que terão seus gastos necessários pagos por meio de verbas governamentais, contra o desenvolvimento da depressão. Outrossim, objetificando conscientizar todo o público, necessita-se que ONG's criem campanhas publicitárias, por intermédio do capital gerado pelas doações comunitárias, que mostrem ao interlocutor como agir frente à uma pessoa depressiva e, ademais, como identificar tais sintomas.