caminhos para combater a pedofilia pela internet no brasil
o sociólogo anthony giddens, em sua obra “mundo em descontrole”, afirma que a tecnologia demonstrou efeitos opostos ao esperado. sob essa ótica, a internet, por exemplo, trouxe avanços imensuráveis para a humanidade, porém acabou por criar um espaço sem controle e propício à criminalidade. nesse sentido, problemas seculares, agora, são intensificados pelo uso da rede, como é o caso da pedofilia, transtorno que, lamentavelmente, pode vir a ser consumado devido ao descaso estatal e à omissão familiar perante essas inovações. sendo assim, é imperioso investir em políticas especializadas para o combate à pedofilia no espaço cibernético, assim como certificar o acesso limitado, pelos pais, de jovens a esse ambiente.
a princípio, é importante destacar que o estado é negligente, dado que não potencializa buscas para extinguir esse mal pela internet no brasil. nesse contexto, de acordo com o filósofo iluminista john locke, uma vez no poder, o estado deve assegurar os direitos previstos no contrato social para os seus cidadãos. nessa perspectiva, o governo, então, tem a obrigação legal de garantir a segurança de menores que, ao usar a web, acabam por encontrar inúmeros pedófilos. a falta de investimento no reconhecimento de tais doentes no meio virtual, contudo, acarreta aumento dos crimes provenientes dessa patologia, como pornografia infantil e abuso sexual. logo, faz-se necessário o desenvolvimento de mecanismos de pleno controle aos pedófilos na sociedade brasileira, já que essa enfermidade pode ser tratada com devido acompanhamento psicológico.
outrossim, o desleixo dos responsáveis em relação ao uso demasiado das novas tecnologias pelas crianças e pelos adolescentes agrava essa problemática. nessa lógica, o filme “confiar” retrata a mudança na vida de anne ao ser presentada com um computador pelos seus pais, em razão dela começar a conversar e a se envolver, por meio de um bate-papo virtual, com um homem de mais de 30 anos que acaba a estuprando. dessa forma, infelizmente, situações como essas repetem-se porque a família relega à tecnologia o cuidado com os filhos, deixando-os propensos a qualquer adulto malicioso nas páginas da rede. destarte, é crucial que a instituição família acompanhe a utilização de qualquer aplicativo na internet, uma vez que essa adversidade pode ser mitigada caso ocorra maior fiscalização no uso dos aparelhos digitais.
evidencia-se, portanto, a necessidade de combater práticas pedófilas no ciberespaço. para tanto, cabe ao ministério público federal, visto que é sua função garantir a dignidade de todos brasileiros, criar um projeto de proteção federal, por meio de subsídios estatais, com profissionais especializados e capacitados tecnologicamente para o reconhecimento de pedófilos, bem como a investigação aprofundada de atos criminosos decorrente do distúrbio, a fim de reduzir práticas abusivas e desrespeitosas aos menores. além disso, o mesmo ministério deve investir em campanhas publicitárias que fomentem a importância de vigiar a vida virtual das crianças, pois, somente assim, a internet deixará de ser um espaço fortalecedor da pedofilia no país.