No século IX ocorreu a invenção da pólvora e, com ela, surgiram também as armas de fogo, as quais foram evoluindo e ficando cada vez mais letais. Desde então, muito se debate se elas podem ou não serem possuídas pela população, no Brasil foram fortemente restringidas em 2003 pelo Estatuto do Desarmamento, essa medida foi tomada afim de reduzir a crescente na taxa de homicídios e, apesar
de não reduzi-la drasticamente, funcionou e estancou-a. Nesse contexto, é imprescindível considerá-las uma ameaça à população quando acessadas facilmente.
Em 2017, ocorreram mais de 300 massacres nos Estados Unidos. Os quais podem ser relacionados ao quão fácil os armamentos podem ser adquiridos no país, o qual possui a maior concentração e quantidade de armas do mundo. Consequentemente, apenas um cidadão mal intencionado pode, sem dificuldades, ameaçar a vida de vários.
Hodiernamente, o argumento mais comum à favor da liberação do porte de armas é associá-las como um instrumento de defesa do cidadão de bem. Entretanto, como diz o pensamento de Jean-Paul Sartre, a violência, seja qual for a maneira como se manifesta, é sempre uma derrota. Portanto, defender-se com mais violência nunca será eficaz.
Outrossim, como diz o filósofo Cícero, no meio das armas, calam-se as leis. O poder de fogo representa uma ameaça ao que quer seja contra quem o porta. Em uma sociedade onde a população tem tal poder, a vigorosidade de uma regra poderá ser anulada.
Com base nos fatos supracitados, é indubitável que as armas devem continuar muito restringidas. Entretanto, para tornar o desarmamento em prol da segurança mais eficaz, cabe ao Governo Federal investir em meios de diminuir o acesso de armamentos aos criminosos, como combater severamente o mercado ilegal da dark web, o qual permite negociar armas livremente na internet. Assim, portar poder de fogo ilegalmente se tornará mais difícil nas organizações criminosas. O que consequentemente contribuirá para a segurança brasileira.