Vivemos com um aumento exponencial da geração de lixo e, embora o crescimento populacional seja uma das causas, o que realmente potencializa esse processo é a sociedade de consumo, que estimula a produção desenfreada de detritos.
Somos, a todo momento, provocados a consumir; em cada lugar que olhamos há um convite, mesmo velado, que nos chama a consumir desenfreadamente; necessidades, antes inexistentes, são criadas a partir do zero. Ademais, a obsolescência programada, produto do Capitalismo, fomenta ainda mais a aquisição de novos itens, com o consequente descarte daqueles tidos como ultrapassados. Entretanto, embora as necessidades sejam criadas do zero, o destino desses resíduos e itens inservíveis não vão para o nada; e é aí que o grande problema se revela.
Contudo, a natureza não tem capacidade de decompor todo esse volume na velocidade em que produzimos. Além disso, a decomposição gera gases tóxicos que, além de facilitar a transmissão de doenças, contribui para a potencialização do efeito estufa, que vem causando grandes problemas ambientais. como o degelo de calotas, aumento da temperatura, tufões, inundações e até extinção de espécies. Tudo isso, caso não seja tratado com a devida urgência, pode tornar o planeta Terra inabitável.
Para contornar o problema, várias medidas podem ser tomadas, como a implantação de coleta seletiva pelas prefeituras, aliada à conscientização da sociedade pela mídia, visto que de nada vale a coleta se o lixo não for separado anteriormente pelos indivíduos. Afora isso, a mídia também pode ajudar na conscientização das pessoas para o consumo consciente, já que a redução de produção de resíduos facilita sua posterior administração. E, é claro, não podemos nos esquecer das empresas, que devem ser as maiores aliadas, tanto produção de materiais sustentáveis como na reciclagem e reutilização desses, através da logística reversa, evitando assim seu descarte irracional