O Brasil é um dos países mais violentos do mundo, e uma grande parcela dos violentados são as mulheres. Apesar da lei Maria da Penha as protegerem, existem ainda muitas vítimas desse crime, e em grande parte sofrem a violência física. No entanto, em muitas situações a vítima acaba não denunciando seu agressor por receio de que aquilo se repita de forma ainda mais intensa, principalmente após sua saída da cadeia. Assim, por ter um corpo, no geral, mais frágil que o do homem e em algumas situações depender financeiramente dele, a mulher acaba sendo vítimas de atos bárbaros, além de também sofrerem ataques psicológicos, quando seu agressor coloca a culpa da situação na própria vítima e tenta instaurar um terror psicológico para que não seja denunciado.
Devido a ideologia formada no desenvolvimento da sociedade brasileira, baseada no sistema patriarcal europeu, a mulher nunca contou com uma parcela relevante nesse modelo social, ou melhor, foi a todo momento inferiorizada. Como por exemplo, a concorrência por uma vaga de emprego, entre um homem e uma mulher com as mesmas qualificações, a escolha é predominante sobre o homem, dados comprovam que a maioria dos cargos superiores de confiança nas empresas é ocupada por homens. Por conseguinte, além do fato do desenvolvimento da sociedade intensificar a ideia de primazia do homem sobre a mulher, o corpo da mulher é geralmente mais frágil do que o homem, portanto muitos parceiros agressores aproveitam-se desse fato e colocam-se como superiores, na ilusão de poder realizar quaisquer atos com suas vítimas, inclusive a violência física.
A lei Maria da Penha foi criada com o objetivo de coibir, erradicar e prevenir a violência doméstica e familiar contra as mulheres. Existe também, a lei do feminicídio, que as protegem contra a violência em razão de ser do sexo feminino. Essas leis, no entanto, são efetivas no plano teórico, pois na prática, fazem parte de um processo burocrático e ineficiente. Por não haver uma forma de coerção imediata desses criminosos, além de serem pouca as vezes que os casos são julgados, os agressores continuam soltos e as vítimas permanecem sendo violentadas.
Dessarte, ações precisam ser tomadas para que essa situação mude, assim sendo, cabe ao MEC instituir palestras, campanhas, debates, eventos culturais e filmes nas escolas básicas e médias a respeito da importância da igualdade de gênero e a erradicação da violência contra a mulher, pois como afirma o revolucionário Nelson Mandela: "A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo", então devemos fazer uso da educação para revolucionar o pensamento sobre a mulher atualmente. Mas também, deve haver por parte do Poder Legislativo, o aumento da severidade de leis que tratam do combate à violência contra a mulher, aumentando as penas e retirando a multa, para prevenir a reincidência dos crimes. Contudo, o Governo Federal, deve tornar mais eficiente e menos burocrático o processo de denúncia desses crimes e estabelecer a apreensão imediata dos agressores, evitando que a vítima sofra mais e que não piore sua situação. Como também, deve implantar maior número de delegacias da mulher, para que tenham o acompanhamento adequado, tanto do processo legal como o apoio psicológico, por funcionários devidamente capacitados e que possam estar presentes a todo momento para a vítima. Logo, apesar de esses serem apenas os primeiros passos, é o início de um país igualitário entre gêneros, que acontece somente com o apoio entre a sociedade e o governo em um mesmo fim imediato, acabar com a violência contra mulher.