OBS.: caso apareçam interrogações, substitua por travessões.
Sobre(vivência)
Na Idade Média era comum entre os povos " como os gregos e nórdicos " sacrificarem pessoas por possuírem algum tipo de deficiência, pois eram considerados fracos e incapazes de sobreviver em meio a nações que participavam constantemente de guerras. Hoje, baseado no conceito de "seleção natural", criado por Charles Darwin, que diz que só os indivíduos adaptados ao meio perduram, algumas ações " como criar escolas especializadas, o Dia do Surdo, considerar libras como a segunda língua oficial do país " já foram tomadas, porém não foram suficientes para efetivar a inclusão dos surdos e a garantia prevista na constituição: o direito desse grupo à educação de qualidade.
Em uma primeira análise, observa-se uma crescente discriminação para com essa parcela da população. Segundo Freud, pai da psicanálise, o ser humano possui a tendência de rejeitar tudo o que é exterior a ele. Por esse motivo, os indivíduos que possuem deficiência auditiva são segregados nas escolas pelo fato dos demais alunos sentirem dificuldade de manter uma comunicação com eles. Some-se a isso, a visão perjorativa dos colegas de classe para com os surdos, que muitas vezes demostra-se na forma de agressão verbal, ao inventarem apelidos como "surdinho? ou, até mesmo, violência física. Dessa forma, considerado a afirmação de Raul Pompeu de que a escola é um microcosmo da sociedade, nota-se o crescimento dessas atitudes preconceituosas é reflexo do que ocorre no meio externo.
Vale destacar outros aspectos que fundamentam a dinâmica da educação especial. A população pode ser comparada a um corpo biológico por ser constituído de partes que interagem entre si, porém, no caso do Brasil, tal associação não pode ser feita pois a nação, em sua maioria, não contribuiu para incluir os deficientes auditivos. Isso deve-se ao fato de muitos professores não buscarem aprender a língua de sinais, o que dificulta a adaptação de métodos educativos como sessões de teatro e cinema para esse público. Sendo assim, o acesso à cultura, meio tão eficaz na formação dos homens, não é democrático.
De acordo com o pintor Kandinsky, "tudo começa em um ponto". Logo, o primeiro passo para garantir o acesso a educação é a preparação dos profissionais da área. O governo, em uma ação simbiótica com as mídias televisivas, deve incentivar, por meio de comerciais, a realização de cursos de ensino de libras. Já as escolas podem contribuir oferecendo matérias optativas para os alunos conhecerem a linguagem de sinais e ciclos de palestras e atividades lúdicas com psicólogos e educadores especializados na área para falar sobre as formas de inclusão desse grupo e demonstra-las na prática. Somente assim, o Brasil se afastará da cultura de segregação comum na Antiguidade e será, de fato, um país onde todos possuem o direito de viver.