A cidade de Londres, capital da Inglaterra, é símbolo mundial em mobilidade urbana - tendo em vista todo planejamento adequado que influencia a isso -. Entretanto, no Brasil, o deslocamento é um desafio diário, pois, além de não haver estrutura favorável, o excesso de automóveis, principalmente nas capitais, resulta em um trânsito caótico e, além disso, intensifica problemas ambientais. Portanto, medidas são necessárias para solucionar a problemática.
Em um primeiro plano, é possível perceber que, com o êxodo rural, ocorrido no Brasil há décadas, houve o crescimento acelerado - não planejado " das grandes cidades. Sob esse aspecto, nota-se a falta de infraestrutura como um dos principais atuais fatores que influenciam na crise de mobilidade, exemplo disso é o insuficiente investimento em ciclovias - causando acidentes envolvendo ciclistas-, alargamento de pistas, assim como vias que separam os transportes coletivos dos individuais. Some-se a isso, o desleixo com as calçadas urbanas, pois se tornaram impasses para os pedestres. Segundo uma matéria da revista Veja, publicada em dezembro de dois mil e dezesseis, cerca de 100 mil pessoas caem e se machucam em buracos todos os anos. Dessa forma, fica evidente a necessidade de medidas que corroborem para um deslocamento sem transtornos, o qual é direito de todos os cidadãos.
Outrossim, é importante destacar que o movimento pendular, em consonância ao precário sistema de transporte público brasileiro, contribui para a escolha de automóveis individuais. Desse modo, o fluxo exacerbado de veículos circulando ocasiona em congestionamentos, responsáveis por atrasos de compromissos importantes, provocando estresse causado pela perda de tempo nas ruas. De acordo com a matéria da revista "TheCityFiBrasil", em julho de dois mil e quatorze, os brasileiros que dirigem nas grandes cidades perdem um mês por ano no trânsito. Ademais, vale destacar, ainda, que esses meios de transportes, por liberarem Co2 na queima dos combustíveis fósseis, impulsionam ainda mais o aquecimento global causado pelo aumento do efeito estufa, assim como a acidez nos oceanos.
Diante disso, impende ao Governo Federal resolver os problemas com a infraestrutura que foram citados e na estrutura dos transportes públicos, como climatização e aumento na quantidade deles, em prol de evitar superlotação, e assim, diminuir o fluxo de carros individuais nas ruas. Para contribuir, a população deve realizar os trajetos a pé em detrimento dos automóveis. Por fim, ONGs podem distribuir cartilhas e realizar palestras nas ruas que expliquem as consequências do CO2 emitido por esses meios de transporte. Assim, o Brasil poderá também, um dia, vir a ser um exemplo de mobilidade urbana.