Os agrotóxicos são utilizados mundialmente como defensivos agrícolas, inclusive no Brasil. O país se encontra em primeiro lugar no ranking mundial de consumo de agrotóxicos. O perigo no uso de tais substâncias é grande, visto que estão associadas à incidência de doenças graves. Apesar disso, a falta de controle na utilização dos agrotóxicos é uma realidade no Brasil.
Segundo estudos e pesquisas da Organização Mundial da Saúde, substâncias presentes em agrotóxicos como o glifosato, que atua como herbicida, estão associadas ao surgimento do câncer. Enquanto que outras substâncias causam sequelas genéticas, acarretando o nascimento de crianças deformadas.
Alguns desses ingredientes que causam deformação são vendidos e utilizados livremente no Brasil. É o caso do 24D, um dos compostos do 'agente laranja', muito utilizado. Apesar dos perigos do uso, o controle e proibição dessas substâncias no país é dificultada pelo apelo econômico, pela pressão da bancada ruralista e indústrias de agrotóxicos, que se preocupam com o custo que a suspensão dessas substâncias pode causar.
O Brasil precisa reduzir o uso de agrotóxicos, pois estes podem comprometer o direito da população a uma alimentação saudável e de qualidade. É necessário que haja um desestímulo ao consumo dessas substâncias, que pode ser feito com uma cobrança de tributos mais altos sobre os mesmos, assim como é feito com a bebida alcoólica. Também deve haver um estímulo ao consumo de alimentos orgânicos, que apesar de saírem mais caros, beneficiam a saúde. Logo, campanhas publicitárias e divulgações podem estimular a população ao consumo pensado, para uma alimentação sem perigos.