Promulgada pela Organização das Nações Unidas, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) garante a todos os indivíduos o direito à saúde e ao bem-estar social. Entretanto, as pressões no ambiente escolar afetam negativamente na manutenção das seguridades dos jovens brasileiros. Nesse sentido, há fatores que impulsionam essa problemática, como a falta de assistência e a indiferença ao tema.
Primeiramente, o ambiente escolar é um local repleto de pressões na vida dos jovens, com provas, projetos e atividades que são requisitadas constantemente. No entanto, diversos são os adolescentes que acabam sofrendo negativamente com essas cobranças e tendo a saúde afetada, como demonstra a Organização Mundial da Saúde, 20% desses estudantes podem sofrer com problemas mentais. Consequentemente, os alunos se sentem vulneráveis e culpados por não suportar a situação que estão e, devido à falta de assistência nas escolas, principalmente as públicas, torna a situação difícil de combater e prejudicial ao indivíduo. Por fim, ações que garantam e preservem o bem-estar dos jovens devem ser realizadas por todos, aliando governo e escola na busca de uma solução efetiva.
Paralelamente, o exposto, "O mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles", atribuído à filósofa francesa Simone de Beauvoir, pode ser aplicado à falta de assistência aos estudantes, visto que tão preocupante quanto a ocorrência desse problema, é o fato da população se habituar a essa realidade. Nessa perspectiva, observa-se que parte da sociedade vive indiferente em meio a esse problema, sobretudo devido ao individualismo presente na atualidade que acaba prejudicando na união para erradicar o problema. Dessa forma, a inércia em relação aos impasses desse fenômeno provoca a persistência desse cenário, ampliando as pressões negativas na vida dos jovens e degradando as seguridades deles.
Fica evidente, portanto, a necessidade de medidas que amenizem o problema. Em virtude disso, urge que o Ministério da Saúde, por meio de parcerias com as escolas públicas, realize projetos no ambiente escolar discutindo a importância da saúde mental, oferecendo um local seguro que escute e ampare o estudante. Tal atitude deve ser realizada mensalmente para acompanhar de forma consistente os adolescentes. Com isso, será possível prestar maior assistência aos alunos e garantir os direitos previstos na DUDH.