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Pobreza no Brasil
No premiado filme sul-coreano "Parasita" é mostrado, em várias cenas do longa, a discrepante realidade entre as famílias ricas e núcleos familiares mais pobres. Hodiernamente, apesar de um crescente número de políticas de acolhimento socioeconômico, no Brasil, a pobreza e a desigualdade ainda são inerentes à sociedade. Nesse contexto, observa-se que a falta de acessibilidade econômica à mercadoria e, por consequência, a exclusão social são fatores que fazem a manuntenção dessa problemática em território nacional.
Em primeira análise, segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, em seu livro "Modernidade líquida", vivemos em uma sociedade voltada para o consumo. Nesse cenário, pessoas que, devido a falta de acesso à capital financeiro, tem seu poder de compra reduzido terão também menos acesso à mercadoria. Desse modo, quando em casos extremos, o resultado dessa conjuntura social culmina na piora da qualidade de vida das classes sociais mais empobrecidas, tendo em vista que a obtenção de serviços e produtos essenciais e de qualidade são caros quando comparados ao salário recebido.
Outrossim, há, no centro de grandes e pequenas cidades, um processo de criação cada vez mais crescente do chamados enclaves fortificados, isto é, espaços fechados e destinados a oferecer lazer, moradia e produtos para pessoas das mais altas classes sociais. Esse fenômeno segrega espacialmente a comunidade com maior carência ecônomica para as regiões mais periféricas das cidades. Nas periferias, em consequência, ocorre um processo paralelo, a favelização, que é acompanhada pela falta de saneamento básico e a carência de atuação de políticas públicas já existentes, o que consolida a situação precária vivida por esses habitantes.
Em virtude dos fatos mencionados faz-se necessário que o Ministério do Desenvolvimento Regional, em parceria com governos municipais elaborem projetos de habitação social em lotes centrais vagos com a finalidade de controlar a horizontalização urbana, isso é, o crescimento das periferias das grandes cidades, para assim poder fazer a promoção de políticas assistivas que atingam o maior número de pessoas mais pobres. Além disso, é de suma necessidade, mediante o diálogo com o setor privado, diminuir o valor da cesta básica e de serviços essenciais, assim como aumentar a disponibilidade de capital, por meio de uma maior abrangência de programas assistenciais, para assim fornecer uma qualidade de vida melhor para essa população mais carente.