Uma dieta balanceada, desde a infância, é o princípio fundamental para o bom desenvolvimento do indivíduo. No entanto, no Brasil, a alimentação escolar é uma questão que enfrenta vários obstáculos. Nesse sentido, esses desafios decorrem principalmente da desigualdade social e da falta de investimentos adequados no setor educacional.
Em primeira análise, é importante ressaltar que o principal entrave para o acesso da população brasileira à uma alimentação de qualidade é a desigualdade econômica. Nessa lógica, a Revolução Verde tinha como objetivo aumentar a produção agrícola para suprir a necessidade alimentar mundial. Entretanto, para além da oferta de produtos, a principal problemática, ligada à fome, está relacionada ao poder de aquisição dos alimentos. Dessa forma, no Brasil, muitos estudantes, de baixa condição socioeconômica, têm a necessidade de ir à escola para conseguir ter acesso a uma boa alimentação. Assim sendo, compreende-se a influência da questão financeira na qualidade de vida do cidadão.
Ademais, a escassez de recursos financeiros, destinados às instituições de ensino, compromete a alimentação dos alunos. Durante o governo Eurico Gaspar Dutra, um dos setores beneficiados pelo Plano SALTE era o da alimentação. Porém, ainda hoje, os investimentos públicos nessa esfera são insuficientes, o que afeta a disponibilidade de alimentos para a composição das refeições escolares e, consequentemente, a nutrição dos estudantes. Desse modo, a má gestão financeira do dinheiro público resulta no comprometimento da promoção da saúde no ambiente escolar.
Portanto, fica evidente que a mudança desse panorama depende da melhoria das políticas públicas. Ao Ministério da Educação - órgão responsável por todo o sistema educacional brasileiro - cabe implementar uma dieta mais nutritiva nas escolas, por meio de um cardápio mais balanceado, formulado por nutricionistas, a fim de propiciar refeições nutritivas para os discentes. Ao Governo, cabe aumentar a verba destinada às escolas, por intermédio da destinação de uma maior parte dos impostos para as instituições de ensino, com o intuito de financiar esses projetos. Só assim, será possível vencer os empecilhos da alimentação escolar no Brasil.