Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à liberdade de expressão e ao bem estar social. Entretanto a hostillidade em relação as diferentes formas de falas impossibilita que essa parcela da população desfrute desse direito universal na prática. Nessa perspectiva, esses desafios devem ser superados de imediato para que uma sociedade integrada seja alcançada.
A educação é o fator principal no desenvolvimento de um País. Na atualidade, ocupando a nona posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema público de ensino eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é claramente refletido na estereotipação das próprias escolas das demais formas de manifestações culturais. Isso contribui para que a segregação social se acentue cada vez mais nos país.
Outrossim, destaca-se a dimensão social como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que a expressão verbal indica origens socioeconômicas de quem se expressa, fazendo com que a língua esteja ligada à estrutura e aos valores da sociedade. Tornando-se um fator decisivo na exclusão social.
É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Ministério da Educação deve instituir nas escolas campanhas contra as variedades linguísticas por meio de aulas que ensinem todas as variantes existentes, de modo que os alunos sejam conscientizados desde pequenos sobre essa intolerância injustificada. Já a mídia deveria parar de criar novelas e filmes que esteriotipam os personagens de acordo com a sua maneira de falar de modo que influencie as pessoas a descontruirem esse preconceito imposto culturalmente, socialmente e politicamente.