Tema: O mito da meritocracia e as desigualdades sociais O termo, "meritocracia", está diretamente associado a qualquer conquista resultante do esforço individual, na qual desconsidera critérios atribuídos como papéis de gênero, sexualidade, raça ou herança adquirida. À vista disso, liderar discursos meritocráticos em um país com alto índice de desigualdade, como o Brasil, torna-se incoerente. Dessa forma, a discussão acerca do mito da meritocracia segue dois pontos principais: a inequidade e o senso comum. Primeiramente, ao descontruir a temática, deve-se ressaltar a diferença entre equidade e inequidade a partir da perspectiva de Foucault. De acordo com o filósofo e o sistema de retroalimentação, o saber é criado pelo poder e o poder é exercido por aqueles que detém do saber. Nesse sentido, o estudo resume o funcionamento de países com inequidade - sem justiça social, com dificuldades para mobilidade social e com poucas oportunidades. Mostrando, então, que a meritocracia não pode ser considerada, já que o ambiente não permite que os indivíduos comecem de um mesmo lugar. Logo, políticas públicas são necessárias para que as minorias tenham a oportunidade de participar de ambientes que são negados pelo próprio contexto histórico. Outrossim, o senso comum, consequência de uma sociedade tradicionalista, acaba por contribuir negativamente no cenário mencionado. Através do fato social de Durkheim, o sociólogo afirma a existência de um comportamento social generalizado que nunca muda, mesmo com o passar dos anos. Sendo assim, é possível entender os dados atualizados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -, posto que o território brasileiro é o nono país mais desigual do mundo. Desse modo, a população não auxilia na reparação do contexto histórico nacional, ao resumir lutas de grupos minoritários à vitimização e eleger governadores que não incentivam o ensino básico, uma vez que este é o maior redutor de desigualdade. Infere-se, portanto, que a conjuntara é grave e exige medidas capazes de minimizar seus efeitos. Por isso, o Governo precisa investir em políticas públicas já existentes para que os grupos minoritários tenham melhores oportunidades em quaisquer áreas. Por meio de debates no parlamento e do redirecionamento de verbas, o incentivo nessas ações promoverá a valorização da mobilidade e da justiça social – caminho para um país com equidade. Assim, tais grupos se sentiram amparados pelo Estado e a população estará informada diante do assunto.