O livro distópico de Suzanne Collins, jogos vorazes, evidencia a exploração da Capital de Panem, cujo detém abundância de recursos e de alimentos que resultam em desperdício, sobre os distritos miseráveis e famintos. Fora da ficção, uma situação análoga é observada no Brasil, o desperdício de alimentos. Assim sendo, observa-se problemas decorrentes desse cenário, repercussões socioeconômicas como por exemplo a fome e gastos econômicos.
De acordo com o Murilo Freire, engenheiro agrônomo da Embrapa de Alimentos, o desperdício ocorre quando os alimentos são produzidos, mas não são consumidos em razão de alguma ocorrência. Vale salientar que é comumente visto nas lixeiras, dejetos exacerbados de frutas, legumes não padronizados, que apesar de não possuir uma aparência comercial, possui a quantidade esperada de proteínas, fibras e vitaminas. Isso ocorre pois, é popularmente inter-relacionado a estética do produto com a qualidade do mesmo.
Ademais, deve-se ater aos malefícios que o desperdício causa a economia nacional. Segundo a associação brasileira de mercados (ABRAS), em 2016 foi contabilizado a perda de um faturamento de cerca de 7,11 bilhões de reais só nos supermercados. Outrossim, estima-se que um terço de todo alimento produzido no Brasil acaba longe da mesa do consumidor. Dados contraditórios com a realidade de tal país, visto que de acordo com uma pesquisa da “rede Penssan”, cerca de 20 milhões de brasileiros estão em situação de fome.
Destarte cabe a utilização de políticas públicas para diminuir tais números, deve-se ter uma campanha publicitária do ministério da cidadania em mercados e ambientes escolares, em parceria com faculdades de nutrição com o objetivo de divulgar palestras ministradas por profissionais da área, buscando conscientizar a população, e simultaneamente aumento na fiscalização do ministério da agricultura, visando identificar formas de combater o desperdício com a utilização de multas.