Considerando o contexto social pós-moderno, concebe-se indiscutivelmente válida análise da Constituição Federal, acerca do asseguramento do direito de ir e vir, ou seja, de locomover-se livremente respeitando à legislação, quanto aos impactos da mobilidade urbana. Tendo em vista os conflitos notórios dessa associação. Isso se evidencia pela ausência de incentivos de modais sustentáveis para contemplar a crescente população nas cidades, quanto pela péssima estrutura dos transportes públicos. Diante desse cenário, mobilizar agentes sociais em prol da superação dessa problemática, faz-se urgente.
Constata-se, primariamente, que que a falta de estímulo para os modais – bicicleta, patins, skate, dentre outros – aumenta a aglomeração de carros e pessoas dependendo de transporte padrão. Sob esse interim, a matéria da Universidade do Estado de São Paulo – campus Pirassununga, houve criação do projeto “Vamos de bike”, como um incentivo para o uso sustentável de locomoções alternativas, mas também com o intuito de reduzir o transporte via ônibus e carros particulares dentro do campus. Entretanto, há baixas propostas para implementação de bicicletas públicas nas áreas urbanas, além de pouca acessibilidade para a população que optar pela modalidade, como, por exemplo: ciclovia. Com isso, planos devem ser elaborados com o intuito de minimizar o problema, mobilidade urbana, nas cidades brasileiras.
Ressalte-se, ademais, que a questão da mobilidade urbana brasileira é devida a ausência de atuação dos setores governamentais, de acordo com Zgmunt Bauman são consideradas “Instituições Zumbis”. Paralelamente ao filósofo Platão, o importante não é apenas viver, mas viver bem. Desse modo, torna-se evidente que há a necessidade de os direitos de todos os cidadãos estarem asseguradas pelo Estado, em síntese: o direito de livre circulação nas metrópoles. Nesse sentido, medidas paliativas – de curto prazo – devem ser tomadas, até que um plano mais concreto seja enfatizado, para melhorar as condições de locomoções por todo Brasil. Logo, é necessário subterfúgios sejam encontrados a fim de fazer com que a cidadania seja promovida integralmente para todas as parcelas sociais.
Desprende-se, portanto, pode-se inferir que a mobilidade urbana, é um tema que carece de soluções. Sendo assim, cabe ao Ministério do Transporte em conjunto com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) cumprir seus encargos políticos e sociais, bem-estar da sociedade. Para além disso, urge, de minimizar os impasses da mobilidade urbana no país, através de financiamento para projetos incentivando o uso de transportes alternativos, como também a melhoria de rodovias em grandes centros para a circulação fluir com maior facilidade. Crê-se, que medidas como essas podem vir a mitigar os impactos dessa conjuntura conflituosa, e que reforça as mazelas sociais. Fazendo assim, com que essa temática seja revertida em todo território nacional.