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TEMA DE REDAÇÃO – Medidas para combater a má alimentação entre os jovens no Brasil

A má alimentação entre os jovens no Brasil aumentou nos últimos anos, principalmente durante a pandemia, e deixou muitos especialistas em alerta. Alguns fatores apontados são o aumento do preço dos alimentos mais saudáveis e do consumo de fast food. Diante desse cenário, é necessário pensarmos em medidas para combater esse problema tão prejudicial à saúde. Vamos lá?

Leia os textos motivadores a seguir e, com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “Medidas para combater a má alimentação entre os jovens no Brasil”.

TEXTO 1

Pandemia piorou alimentação de crianças e adolescentes, alertam debatedores

A crise sanitária provocada pelo novo coronavírus aumentou outro problema que os especialistas também chamam de pandemia: a obesidade infantil. Em audiência nesta segunda-feira (5) da comissão externa da Câmara dos Deputados que discute as políticas para a primeira infância, eles apontaram a urgência de iniciativas para atenuar consequências da Covid-19 como a má alimentação de crianças e adolescentes e a falta de atividades físicas, dois determinantes diretos para o excesso de peso.

Os debatedores fizeram um panorama da situação dos menores de 18 anos diante do confinamento imposto pela pandemia: mais tempo usando telas, mais inatividade e o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados. Para as famílias mais vulneráveis, das classes D e E, a perda de renda e o aumento no preço dos alimentos mais saudáveis agravaram a situação de insegurança alimentar.

Representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Cristina Albuquerque mostrou que, em 13% das famílias que têm crianças e adolescentes, os menores de 18 anos tiveram problemas de acesso a alimentos por falta de dinheiro. Em 61% delas, aumentou o consumo de fast food e refrigerantes e diminuiu o de frutas e verduras. Ela faz um prognóstico pessimista se não houver políticas públicas urgentes.

“Nós podemos ter, até 2025, 1 milhão de crianças e jovens no Brasil com pressão arterial elevada, outros mais de 100 mil com diabetes tipo 2 na fase adulta e 12,5 milhões de crianças obesas”, alertou Cristina.

Fonte: https://www.camara.leg.br/noticias/781669-pandemia-piorou-alimentacao-de-criancas-e-adolescentes-alertam-debatedores/

TEXTO 2

Quadrinho de Carol Ito.

Fonte: https://www.instagram.com/p/CE9HbjiHfmv/

TEXTO 3

Magreza não é sinônimo de saúde

Que fique claro: a luta com a balança não deve ter motivação estética. As doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão e diabetes, já são as principais causas de morte na população brasileira — e elas têm íntima relação com a obesidade.

“Com o estudo Erica, pudemos perceber que esses quadros têm início na infância e na adolescência”, observa a nutricionista Amanda de Moura, do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (Iesc) da Universidade Federal do Rio de Janeiro e uma das responsáveis pelo levantamento.

Mas o peso está longe de ser o único indicativo de saúde. Sabe aquele adolescente que come só porcaria e é magrinho? Pois ele não está isento de riscos. “Esse jovem pode esconder um acúmulo de gordura nos órgãos”, avisa Isabela. 

Fora que o consumo excessivo de açúcares e gorduras causa um desgaste no pâncreas e em outros cantos desde muito cedo. “Cerca de metade das crianças com colesterol ou triglicérides elevados terá doença cardíaca na vida adulta”, alerta Zilli. A hora de mudar esse futuro é agora. 

Fonte: https://saude.abril.com.br/familia/adolescentes-como-esta-a-alimentacao-dos-jovens-no-brasil/

TEXTO 4

Os impostos na sua alimentação - Charge.

Fonte: https://domtotal.com/noticia/1249784/2018/04/abismo-entre-alimentos-industrializados-e-saudaveis-reflete-da-na-saude/

TEXTO 5

Os cinco pontos para combater a “má alimentação”, segundo a ONU

Para o relator, existem cinco ações prioritárias que podem recolocar os valores nutritivos no coração do sistema alimentar, quer nos países desenvolvidos, quer nos países em desenvolvimento.

Identificar os produtos não saudáveis; controlar e regular os que contêm alto teor em gorduras saturadas, sal e açúcares; reduzir a publicidade da comida rápida; repensar os subsídios para a agricultura que criam desequilíbrios nos preços dos ingredientes e apoiar a produção local de produtos por forma a permitir aos consumidores um acesso fácil a alimentos frescos, nutritivos e saudáveis.

Schutter chama este problema de “crise da nutrição”, que tem de ser enfrentada, porque é um problema estrutural.

Fonte: https://news.un.org/pt/story/2012/03/1399401-os-cinco-pontos-para-combater-ma-alimentacao-segundo-onu

EXEMPLO

A série ” Insatiable” da empresa de streaming ” Netflix”,produzida em 2018,conta a história de Debby Ryan,uma adolescente que apresenta diversos episódios de compulsão alimentar que acarretaram em problemas psicológicos. Em paralelo a isso,a má alimentação entre os jovens é uma problemática que vem alastrando-se na sociedade.Deste modo,destacam-se dois caminhos para combater está chaga social: ampliar o acesso a alimentos saudáveis e divulgar amplamente medidas para buscar uma reeducação alimentar.

Primordialmente,evidencia-se que viabilizar o acesso á alimentos saudáveis é um meio eficaz de combater a má alimentação entre os jovens. Sob este prisma,no vídeo ” Educação alimentar”,produzido pela nutricionista Bella Gil, é apresentado que os alimentos saudáveis são caros e elitizados,o que afasta os pais ou responsáveis da possibilidades de comprar tais mercadorias para seus filhos.Dessa forma, conclui-se que a alimentação saudável será uma realidade quando o acesso aos alimentos for economicamente permitido.

Ademais,é indiscutível que para uma reeducação alimentar efetiva é necessário que o conhecimento sobre este tema seja divulgado de modo abrangente. Consoante a isso, em 2014 o Ministério da saúde publicou o ” guia alimentar para a população brasileira” que orienta os cidadão a respeito de escolhas alimentares coerentes.Logo,conclui-se que a educação é um instrumento importante para guiar o povo até uma alimentação salutar.

Portanto,constata-se que os caminhos para que os jovens tenham uma boa alimentação precisam ser debatidos.Nesse viés,urge que a mídia – aparato de grande abrangência social- crie uma campanha publicitária que construa uma linguagem referente ao mundo dos jovens,através de publicações em redes sociais e propagandas televisivas, a fim de atingir o público alvo juvenil e instruir os mesmos à boas práticas alimentares. Como efeito social,os distúrbios alimentares de Debby Ryan jamais faram parte da realidade dos jovens.