TEMA DE REDAÇÃO – Justiça com as próprias mãos

Muitas pessoas acreditam que fazer justiça com as próprias mãos é a solução para a criminalidade no país. Já outras pessoas, são veementemente contrárias a essa ideia.

Pensando nesses dois pontos de vista, use o tema para treinar para a redação do Enem, vestibulares e concursos.

Com base nos seus conhecimentos e nos textos motivadores, elabore uma redação sobre o seguinte tema: justiça com as próprias mãos.

TEXTO I: justiça com as próprias mãos

O discurso do bem cabe em poucas frases. O Estado é omisso. A polícia é desmoralizada. A Justiça é falha. Diante desses fatos, e todos os fatos são sempre inquestionáveis no discurso do bem, acorrentar jovens negros em postes com trava de bicicleta, cortar a sua orelha e arrancar suas roupas é um direito de legítima defesa dos cidadãos de bem. Se quiserem torturar o menino negro, como fizeram, eles podem, assegura o bem. Se quiserem matá‐lo, eles podem, também. E alguns o fazem. Meninos negros não são meninos. Não é preciso investigação, não é preciso julgamento, não é preciso lei. Os cidadãos de bem sabem, porque são a lei. Também são a justiça. O menino é um marginalzinho, é também um vagabundo, diz o bem. E bandido bom é bandido morto, garante o bem. Se você não pensa assim, o bem tem um pedido a lhe fazer: faça um favor ao Brasil, adote um bandido. Simples, direto, objetivo. O discurso do bem orgulha‐se de ser simples, orgulha‐se de só ter certezas. A dúvida atrapalha o bem. E o bem não deve ser perturbado. E como duvidar que acorrentar um menino negro a um poste pelo pescoço, cortar a sua orelha e arrancar suas roupas é o bem?

Nós, os humanos verdadeiros – Brum, Eliane.

EXEMPLO de redação sobre justiça com as próprias mãos

Penalidades devem ser aplicadas por órgão competentes visando a conscientização do perverso. No entanto, observa-se o oposto, uma vez que justiça com as próprias mãos ainda é um fato em vigor no Brasil. Logo, é importante mencionar a falta do Estado nessa questão e o forte erro que se tem ao fazer uso de práticas semelhantes.

Deve-se pontuar, de início, que a força estatal pode ser vista como uma das causas do problema. Nesse sentido, consoante ao vereador Gabriel Monteiro, a justiça, por muitas vezes, é ineficiente ou não tem recursos suficientes para fazer uma operação, assim como a polícia, e acaba não penalizando devidamente criminosos ou até mesmo evitando algumas evidências. Portanto, essas ações causam revolta na população, fazendo com que realizem, em momentos de raiva e descontrole emocional, as justiças que acharem necessárias para determinado delito.

Convém ressaltar, a princípio, que combater o mal sobre cunho próprio é uma atitude incerta, quando não se trata de legitima defesa. Nesse ínterim, segundo a uma passagem bíblica, ninguém deve permitir que o mal se propague, mas jamais combata-o com próprio mal. Assim sendo, em análise com a realidade, todo e qualquer cidadão que exceda seus direitos, disseminará ainda mais a maldade e a violência em si que, por sua vez, já se trata de um ato maléfico.

Por fim, diante dos fatos supracitados, faz-se mister que sejam tomadas ações para resolver o empecilho. Dessarte, com o intuito de mitigar o impasse hodierno, necessita-se urgentemente que o poder governamental, especificamente os órgãos competentes que tratam da parte de segurança pública, façam a contratação de novos agentes públicos para a defesa do povo, com isso, investirão no combate à violência, protegendo a todos de maneira igualitária. Por conseguinte, isso será possível se houver mais oferta de concursos públicos para que os interessados em defender o povo se candidatem. Desse modo, possivelmente veremos mais a ação de entidades governamentais aplicando a devida lei estipulada pela constituição federal ao invés da sociedade se revoltar e perder sua razão.

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Perguntas frequentes

O que é fazer justiça com as próprias mãos?

Fazer justiça com as próprias mãos é o mesmo que atuar, de forma individual, sem auxílio de autoridades, para fazer com que alguém que tenha feito um mal ou cometido um crime, pague pelo erro.

É crime fazer justiça com as próprias mãos?

Segundo o art. 345 do Código Penal Brasileiro é previsto como crime de exercício arbitrário das próprias razões. O art. dispõe:
        “Art. 345 – Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite:
        Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência
“.

Quais são as consequências de fazer justiça com as próprias mãos?

Por constituir prática de crime no código penal, a consequência de fazer justiça com as próprias mãos é a detenção de quinze dias a um mês e multa.