Inclusão de autistas no Brasil - Redação - 1599806292

Na série original Netflix, “The Good Doctor: O Bom Doutor”, lançada em 2017, é retratada a história de Shaun Murphy, um médico-cirurgião que possui autismo e devido a isso sofre bastante preconceito durante a faculdade, no hospital que trabalha e até mesmo em casa. Porém, com todas as adversidades, o jovem Shaun, após muito esforço acaba obtendo cada vez mais respeito. Fora da ficção, é nímia a improbabilidade de uma situação semelhante. Diversos fatores explicitam a falha na inclusão de autistas no Brasil, tais como: o preconceito demasiado e a desqualificação dos profissionais na educação de portadores do autismo. 
Em primeiro plano, é necessário entender que o preconceito, explícito ou velado, contribui arduamente com esse cenário de exclusão dos autistas no Brasil. Seguramente, quando falta informação de clareza e veracidade inquestionável, sobra preconceito. Segundo 55,1% dos participantes da pesquisa realizada pelo Instituto de Educação e Análise do Comportamento — IEAC —, revelaram que tiveram dificuldades para conseguir obter informações seguras quando receberam o diagnóstico de autismo de seus filhos. Sem dúvida alguma, a desinformação fortalece o pensamento retrógrado e preconceituoso, resultando em uma maior dificuldade de socialização dos portadores do autismo — que por sinal já é uma das dificuldades —. 
Outrossim, a desqualificação dos educadores profissionais em relação aos possuintes do TEA (Transtorno do Espectro Autista) é um problema grave e pouco debatido no Brasil. Embora existam cerca de 2 milhões de diagnósticos do TEA no Brasil, a falta de informação é realidade e o efeito pode ser observado sendo refletido na qualidade de ensino de crianças autistas. Segundo dados do IEAC, cerca de 55,1% de crianças autistas já sofreram preconceitos na escola, inclusive pelos professores, que muitas vezes velam o preconceito argumentando falta de preparo para os alunos que possuem esse transtorno. 
Portanto, medidas devem ser tomadas, a fim de diminuir o preconceito e as dificuldades sofridas por autistas no Brasil, as quais impossibilitam a inclusão desses. Para tanto, o Ministério da Educação juntamente às mídias sociais e/ou emissoras televisivas, deve promover ações de merchandising social, por meio de palestras realizadas em escolas e até nas redes sociais, filmes ou telenovelas de temas que retratem a situação de preconceito com portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA) , com o fito de combater esse prejulgamento. Assim, mantendo informada grande parte da população sobre a real situação dos autistas.