A Constituição Federal de 1988, Documento Jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 8º, que é dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com deficiência, com propriedade, a efetivação dos direitos referentes à educação e ao trabalho. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática quando se observa a inclusão dos autistas no Brasil, dificultando, deste modo a universalização desse direito tão importante. Diante dessa respectiva, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Em uma primeira análise, deve-se ressaltar que ainda tem muito pouco conhecimento sobre esse tema, as pessoas ainda sabem pouco sobre o autismo exatamente por isso o preconceito acaba se dando de uma maneira tão clara, tão evidente na sociedade brasileira. Além disso, à série americana, The good doctor, que relata a trajetória de Shaun Murphi, um médico com autismo e suas dificuldades em se adaptar num ambiente de trabalho repleto de preconceitos e ignorância. Em contra partida, fora da ficção, a questão do autista no mercado de trabalho apresenta um quadro preocupante, quanto pelo desconhecimento do transtorno espectro autista.
Ademias é fundamental apontar medidas governamentais para inserir a inclusão dos autistas nas escolas do Brasil, diante a lei 12764, também conhecida como Berenice Piana. Determina que as pessoas autistas tenham o direito de estudar em escolas tradicionais, caso elas desejem. Desse modo quando ela é analisada na prática ela acaba não funcionando tão bem, não havendo cumprimento da lei de inclusão, visto que as escolas não possuem tutores disponíveis. Diante ao filosofo John Locke configura-se como uma violação do "contrato social”, já que o estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis como a inclusão dos autistas nas escolas do Brasil.
Defende-se, portanto, a necessidade de combater esses obstáculos. Para isso é imprescindível que o Ministério dos direitos humanos abra mais discussão sobre esse tema, envolvendo a igualdade como todo, com meios de propagandas que visem à retirada de preconceitos relacionados aos indivíduos autistas. Com isso o governo municipal e estadual, precisão fazer mais concursos públicos para a contratação de mais tutores para as escolas, para que ai sim melhorar essa situação em relação a essas crianças.