Na série norte-americana “Atypical”, o jovem Sam, portador do Transtorno do Espectro Autista (TEA), enfrenta diariamente uma sociedade preconceituosa atrelada com o desconhecimento sobre o assunto. Analogamente, a inclusão de autistas no Brasil ainda é um grande problema, visto que há um despreparo escolar para esses casos e um preconceito, juntamente com a exclusão social.
A princípio, de acordo com o filósofo Sócrates, a ignorância é o único mal. Nesse contexto, observa-se que o desconhecimento da população acerca do autismo é o maior responsável pela dificuldade vivenciada pelas pessoas com esse transtorno. Ademais, a desinformação sobre os diferentes graus do espectro ainda é um empecilho, fazendo com que muitos autistas não tenham o tratamento adequado.
De acordo com o capítulo V da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), o ingresso de uma criança autista em escola regular é um direito garantido por lei. Não obstante, para a especialista em inclusão Maria Tereza Mantoan, não é a criança que se adapta à escola, mas a escola que, para recebê-la, deve se transformar. Desse modo, é preciso capacitar os profissionais e redes de ensino para que a inclusão no ambiente escolar, de fato, aconteça.
Fica evidente, portanto, a necessidade de serem tomadas medidas para resolver a problemática da inclusão de autistas no Brasil. Desse modo, cabe ao Ministério da Educação (MEC), promover, por meio de verbas governamentais, palestras com profissionais, como psiquiatras e psicólogos, em instituições de ensino, a fim de alertar alunos, pais e corpo docente sobre como lidar com os integrantes do espectro. Assim, será possível uma maior integração de autistas na sociedade, diminuindo o preconceito e a desinformação existentes.