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TEMA DE REDAÇÃO – Impactos ambientais do consumo excessivo de carne

Leia os textos motivadores a seguir. Assim, com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo sobre o tema Impactos ambientais do consumo excessivo de carne.

Texto 1

O consumo excessivo de carne não só afeta a saúde das pessoas como também prejudica o meio ambiente”, resume o professor de nutrição Lluís Serra-Najem, da Universidade de Las Palmas, nas Ilhas Canárias.

Existem quatro variáveis ambientais que limitam a produção de carne em escala global: a superfície ocupada pelas pastagens; a água consumida, tanto por parte dos animais como no processo de produção; os gases de efeito estufa provocados pela flatulência do gado —atualmente 14,5% do que é lançado na atmosfera, segundo a a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)—, e a energia necessária durante o processo. Atualmente, grande parte da população mundial não consome produtos à base de carne nem laticínios, mas à medida que as condições socioeconômicas dos países em desenvolvimento melhoram, a demanda por esses alimentos aumenta, colocando em xeque os recursos ambientais da Terra. Será que o mundo come carne para além de suas possibilidades?

Para que uma vaca produza 1 quilo de proteína, ela precisa consumir entre 10 e 16 quilos de cereais, enquanto um porco requer 4 quilos. “Para produzir um filé de 200 gramas, são necessários cerca de 45 bacias de cereais”, ilustra Laura Ordóñez, cientista ambiental e professora da Escola Internacional de Naturopatia, em Granada, na Espanha.

Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2015/10/28/ciencia/1446060136_851539.html

Texto 2

Nos últimos 50 anos, o consumo de carne no mundo aumentou de forma acelerada. Hoje, a produção é quase cinco vezes maior do que no começo da década de 1960. O salto foi de 70 milhões de toneladas para mais de 330 milhões em 2017.

No Brasil, esse cenário não é diferente. Desde 1990, o consumo de carne quase dobrou. Essa tendência é impulsionada, em grande parte, pelo aumento da renda média do brasileiro. Países que registraram um importante crescimento econômico nas últimas décadas refletem um aumento na alimentação baseada em proteína animal.

Um brasileiro come, em média, 40 quilos de carne bovina por ano, o que coloca o país na quarta posição do ranking de consumo desse tipo de proteína. Além disso, um brasileiro médio come também 11 quilos de porco e 32 quilos de frango todo ano.

Para conter uma crise alimentar e uma catástrofe climática, é importante reduzir a ingestão de proteína de origem animal. Nesse cenário, o relatório do Instituto de Recursos Mundiais (WRI) aponta que os consumidores devem reduzir em 40% a ingestão de carne.

As alternativas que o estudo indica para não piorar o quadro do aquecimento global ou gerar desequilíbrio alimentar são praticar o consumo consciente, elevar a produção por hectare e acabar com o desperdício de alimentos, que atinge um terço da população mundial.

Afinal, quais são os prejuízos do alto consumo de carne para a sociedade?

Além de afetar o meio ambiente de diversas formas, a pecuária está diretamente relacionada com as emissões de gases. Esses animais liberam grandes quantidades de gás metano na atmosfera, que pode poluir até 21 vezes mais do que o gás carbônico.

Além disso, o desmatamento causado para manter a agricultura e a pecuária em ampla escala colabora para a redução de florestas que atuam como importantes regiões de retenção de carbono. Outro problema das grandes áreas devastadas é o impacto na biodiversidade local.

Há cientistas que afirmam que os países ocidentais devem reduzir 90% do consumo de carne para controlar o aquecimento global e evitar que o planeta entre em crise. Além dos pontos apresentados, a produção de alimentos usa quantidades insustentáveis de água.

A Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que a população mundial chegará a9,7 bilhões de pessoas até 2050, o que exigirá aumentar em 50% a produção de alimentos para sustentar todas as pessoas. Se seguirmos os mecanismos atuais, isso pode gerar impactos ambientais irreparáveis e fazer com que a Terra deixe de ser um espaço seguro para a humanidade.

Fonte: https://blog.brkambiental.com.br/consumo-de-carne/

Texto 3

Exemplo

Hans Alois,ambientalista alemão,afirmou que o sistema capitalista financeiro,desde sua origem,apropria da natureza como meio para obtenção de lucros.Analogamente,na hodiernidade,o Brasil e um grande consumidor de carnes,que atrelado a indústria pecuarista e exploradora de recursos naturais,tem sido os principais culpados pelos impactos ambientais,como o aquecimento global e a crise hídrica. Nesse ínterim,é imprescindível que alternativas plausíveis sejam colocadas em prática,a fim de atenuar as consequências desse consumo exacerbado de carnes e da pecuária extensiva.

Sob esse viés,a relação entre pecuária e o desmatamento é incontestável,uma vez que a maior parte das áreas desmatadas são convertidas em pastagens para os gados e cultura de grãos para a alimentação dos mesmos.Segundo o site,”Brasil de Fato”, a indústria agropecuarista é responsável por 80% do desflorestamento da Amazônia,fato que intensifica o efeito estufa,visto que a perda florestal favorece o acúmulo de gases tóxicos na atmosfera,além de que necessidades fisiológicas bovinas também liberam poluentes,como o gás metano .Ademais,o efeito estufa intensifica o aquecimento global,que gera diversas consequências negativas e irreversíveis a biosfera,como estações fora de época,solos e vegetações secas,aumento do nível do mar,bem como o risco de extinção de algumas espécies. Desse modo,nota-se que a pecuária gera um efeito dominó destrutivo no globo terrestre,em nome do prazer financeira e do paladar.

Concomitantemente a isso,a agropecuária está diretamente ligada ao gasto abundante de água,recurso natural limitado,utilizado tanto para a ingestão tanto para irrigação dos grãos utilizados na alimentação dos mesmos.De acordo com estudos do,”Mercy For Animals”,a pecuária consome 1/3 do total de água consumida pelo mundo,no Brasil esse valor chega a 70%,enquanto ironicamente 4 bilhões de pessoas sofrem com a falta desse recurso,algo que deveria ser humanamente inadmissível.Outrossim,a produção de grãos para nutrição dos gados além de usufruir indiscriminadamente da água,contribui para a poluição de rios,mares e aquíferos,por fazer uso de agrotóxicos,comprometendo o abastecimento de água e a manutenção da vida aquática. Assim sendo,a indústria de carnes é a responsável pela crise hídrica do presente e do futuro,caso isso não seja amenizado.

Portanto,é evidente a necessidade de alternativas práticas para atenuar os impactos ambientais provenientes do grande consumo de carnes. Logo,levando em consideração a lei da oferta e da procura,cabe ao Ministério do Meio Ambiente, órgão responsável pela política ambiental nacional,incentivar a população brasileira a reduzir as carnes em suas refeições,por meio de campanhas informativas e apelativas sobre os desastres decorrentes desse consumo,por intermédio dos meios de comunicação,e promover campanhas de dietas vegetarianas em locais como as escolas. Eventualmente,ambas iniciativas teria por finalidade a manutenção dos recursos naturais,diminuindo gradativamente a liberação dos gases efeito estufa,e consequentemente uma ecossistema equilibrado.Desse modo,a longo prazo tais resoluções inverteria o pensamento do ambientalista Alois,invés do sistema pecuarista financeiro lucrar,a natureza que receberia uma fortuna ao estar preservada. EU QUERO TIRAR +900 NO ENEM.