Promulgada pela Organização das Nações Unidas, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) garante a todos os indivíduos o direito ao bem-estar social. Entretanto, diversos impactos ambientais estão relacionados ao consumo excessivo de carne, prejudicando no equilíbrio da natureza e na manutenção das seguridades da população. Nesse sentido, há fatores impulsionadores desse fenômeno, como o número de animais e a falta de iniciativas.
Primeiramente, muitos brasileiros possuem o hábito de consumir carne, principalmente de origem bovina. Para suportar esse mercado consumidor, há quase 215 milhões de cabeças de gado no Brasil, um pouco acima da população nacional, 212 milhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consequentemente, essa quantidade assustadora é responsável por impactos severos ao meio ambiente, intensificados por ações humanas que visam ampliar esse setor. Têm-se como exemplos a destruição de áreas florestais para a instalação de pastagem e a grande produção de gás metano por parte dos animais, mais severo que o dióxido de carbono à atmosfera. Por fim, é preciso direcionar esforços para mudar o atual cenário consumidor, aliando governo e população na busca por uma alternativa saudável e limpa.
Paralelamente, o exposto, "O mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles", atribuído à filósofa francesa Simone de Beauvoir, pode ser aplicado ao consumo excessivo de bovinos, visto que tão preocupante quanto a ocorrência dessa questão, é o fato da população se habituar a essa realidade. Nessa perspectiva, observa-se que parte da sociedade vive indiferente em meio a esse problema, sobretudo devido à escassez de iniciativas governamentais na área da alimentação. Assim, não há incentivos na busca por alternativas alimentícias. Dessa forma, a inércia em relação aos impasses desse fenômeno provoca a persistência desse cenário, ampliando os efeitos negativos ao meio ambiente.
Fica evidente, portanto, a necessidade de ações que reduzam essa problemática. Em virtude disso, urge que o Governo Federal, por meio de parceria com o Twitter, publique vídeos nas redes sociais demonstrando os efeitos destruidores do consumo excessivo de carne, tanto ao planeta quanto aos brasileiros. Tal atitude deve ser realizada mensalmente para manter o tema em debate e atingir um elevado número de internautas. Com isso, será possível alertar para a sociedade os cuidados necessários na alimentação, de modo a preservar a Terra e o bem-estar, conforme a DUDH.