Apesar de já terem acontecido diversos avanços em relação aos Direitos LGBTQIAP+, ainda hoje, questões de gênero e sexualidade são assuntos que geram discussões. A homossexualidade e o preconceito no Brasil seguem travando batalhas que há muito já poderiam ter sido esquecidas.
No mercado de trabalho, por exemplo, existem dados que apontam que 1 em cada 5 empresas não contrataria homossexuais. Vamos entender, neste artigo, um pouco mais sobre este tema que assola a vida de pessoas LGBTQIAP+. Também vamos auxiliar você a produzir artigos sobre este tema de redação.
Ao final do texto, também, você poderá ver um exemplo de redação para Enem, vestibulares e concursos relacionados a esta temática.
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O que é a homofobia?
Homofobia é o nome dado ao preconceito contra pessoas que se relacionam com o mesmo gênero. É um conjunto de atitudes e comportamentos que diferenciam, excluem, violentam e discriminam pessoas que estão fora de um padrão heteronormativo.
O que falar sobre homossexualidade e preconceito no Brasil em uma redação
Existem vários tópicos que você pode abordar em uma redação sobre homossexualidade e preconceito no Brasil. É possível apontar dados acerca da marginalização de pessoas LGBTQIAP+, falar sobre como essas pessoas também seguem sendo minorias em diversos espaços públicos, como a educação e a política, etc.
Também vale destacar que o Brasil é o país que mais mata travestis e transsexuais no mundo todo. Além de apontar falhas nas áreas da saúde e mercado de trabalho. Os parágrafos seguintes podem te ajudar com a argumentação nesse sentido.
Desafios das pessoas LGBTQIA+ no mercado de trabalho
Segundo pesquisas, 11% das empresas estão preocupadas com a sexualidade de seus empregados e não contratariam gays para cargos executivos.
Pesquisa feita pela Elancers, empresa de sistemas de recrutamento e seleção, com 10 mil empresas, mostra que 1 em cada 5 não contrataria homossexuais para determinados cargos.
Entre as empresas consultadas, cerca de 1.500 responderam à pesquisa online, envolvendo 2.075 recrutadores.
Os profissionais ouvidos são essencialmente mulheres – 75% do total, e 44% têm idade entre 26 e 35 anos.
Quando 11% dizem que não contratariam homossexuais para determinados cargos, eles se referem essencialmente a cargos executivos que, via de regra, representam a empresa em público. Somados aos 7% que dizem que não contratariam homossexuais de modo algum, temos um cenário onde quase um quinto das empresas não contrataria homossexuais no Brasil, diz Cezar Tegon, presidente da Elancers.
De acordo com ele, a pesquisa contrasta com outras realizadas nos Estados Unidos, por exemplo, onde os homossexuais têm 40% menos chance de serem chamados para uma entrevista.
Embora a legislação brasileira proíba as empresas de dizerem que determinada vaga é para homem ou mulher, o que poderia caracterizar uma discriminação de gênero, o fato é que algumas empresas estão sim preocupadas com a sexualidade de seus empregados, alerta Tegon.
Segundo uma profissional de empresa de recrutamento e seleção, embora seja fácil condenar uma empresa que se recusa a contratar homossexuais, a verdade é que essas empresas operam no Brasil, onde a própria sociedade tem restrições a profissionais declaradamente homossexuais em determinados ambientes.
Quando falamos de escolas, por exemplo, as restrições a homossexuais são evidentemente maiores, por várias razões, mas principalmente o receio em relação à reação dos pais dos alunos. As empresas também rejeitam profissionais declaradamente homossexuais para posições de nível hierárquico superior, como diretores, vice-presidentes ou presidentes, pois acreditam que esses cargos via de regra representam a organização em eventos públicos e a associação de imagem poderia ser negativa para a companhia, explica.
Por outro lado, explica Tegon, há universos de trabalho onde o homossexual declarado não só é aceito como até cultuado.
No segmento da moda ou design de interiores, o homossexual declarado é muito bem aceito e parece mesmo existir o consenso de que eles são melhores profissionais do que homens ou mulheres. No entanto, parece evidente, também, que as mulheres homossexuais declaradas sofrem uma discriminação maior, diz.
Desafios das pessoas LGBTQIA+ na saúde: homossexualidade e preconceito no Brasil
De maneira geral, apesar de a constituição garantir o Direito à saúde a todos os cidadãos brasileiros, o atendimento em hospitais e postos de saúde segue acontecendo com diferenciação quando se trata de pessoas LGBTQIAP+.
A homossexualidade e o preconceito no Brasil, mesmo em áreas consideradas mais cultas, seguem sendo pautas delicadas e o preparo dos profissionais para atendimento deste público ainda não é realizado.
Além disso, pessoas Transgênero relatam desafios para a realização de cirurgias de designação sexual e dificuldades do uso do nome social. Assim como, ainda existe a estigmatização de pessoas LGBTQIAP+, atribuindo apenas ao grupo o porte de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
5 citações sobre orgulho LGBTQIAP+ para usar na sua redação
Antes de você ver um exemplo de redação para te auxiliar em seu treino, é interessante ter algumas citações de personalidades famosas acerca do orgulho LGBTQIAP+:
1. Se você não consegue amar a si mesmo, como você vai amar qualquer outra pessoa? — RuPaul
2. Penso no garoto de 15 anos que está vendo essa premiação e pensando: ‘Esse cara é gay, é deputado federal e está recebendo um prêmio. Então eu não preciso viver com vergonha. — Jean Wyllys
3. Bato palmas para as travestis que lutam para existir, e a cada dia conquistar o seu direito de viver e brilhar. — Linn da Quebrada
4. Não é crime ser homossexual, não é pecado e não é doença. É somente o preconceito. — Luiz Mott
5. Precisamos de muitas rebeliões, de muitos Stonewalls, de um movimento contínuo da sociedade para que a democracia se efetive e se equalize no direito de todos. — Daniela Mercury
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Exemplo de redação sobre homossexualidade e preconceito no Brasil
Conforme o calendário cósmico – artefato científico criado para visualizar o tempo de vida do Universo, comparando tudo que existe em um único calendário anual desde o Big Bang -, a humanidade só passou a existir nos últimos segundos do último dia daquele mesmo ano, o que é um tempo bastante significativo se comparado aos 13,7 bilhões de ano de evolução do cosmos. Sob essa ótica, é lamentável que mesmo depois de séculos de ascensão a espécie humana ainda não tenha solucionado questões como a do preconceito contra homossexuais no Brasil. Dessa forma, torna-se necessária a discussão a cerca do assunto, de modo a solucioná-lo.
Inicialmente, é interessante analisar a problemática hodierna através de “Memória Póstumas de Brás Cubas”, obra que inaugurou o realismo na literatura brasileira, de Machado de Assis, a qual profere que não teve filhos e tampouco transmitiria a alguma criatura o legado da miséria humana. Tal posição, decerto, é corroborada no Estado pós-moderno, dado que a discriminação contra os homossexuais, no Brasil, é o reflexo do ensinamento patriarcal, ou seja, a perpetuação do preconceito enraizado há séculos – o que, dessa forma, demonstra o despreparo do Poder Público para lidar com o problema em questão, já que é papel dos governantes garantirem o bem-estar coletivo. Nesse viés, torna-se compreensível o pensamento do autor supracitado, tendo em vista a quebra de veracidade da Constituição para com a necessidade do cidadão.
Outrossim, convém ressaltar que o problema é pouco debatido. Diante disso, segundo o filósofo do sacro Império Romano Johann Goethe, nada no mundo é mais assustador do que a ignorância em ação. Nesse sentido, é de extrema importância que a sociedade busque se informar e debater a respeito do preconceito contra os homossexuais, visto que sem diálogo sério e massivo sobre esse problema, as consequências tornam-se cada vez mais infortúnios e sua resolução quase utópica. Dessa maneira, é visível que a ignorância social fortalece essa inércia.
Depreende-se, portanto, a necessidade de ações que amenizem a problemática na sociedade brasileira. Assim, cabe ao Tribunal de Contas da União, direcionar capital, ao Ministério da Educação, que será investido na contratação de profissionais, de preferência professores e psicólogos homossexuais, para debater, através de palestras, o quanto o preconceito pode trazer consequências como a exclusão, violência e até mesmo a morte. Tais debates acontecerão nas escolas e terá como intuito informar pais e alunos sobre o assunto e, posteriormente, quebrar a ignorância em ação, para que por fim essa parcela da população não seja marginalizada pela coletividade. Somente com essas ações, o país se desprenderá do conceito de “Sociedade Miserável”, tal como aquela descrita por Machado de Assis.
Perguntas frequentes
Ainda hoje, a comunidade LGBT+ enfrenta inúmeras dificuldades, que vão desde assumir cargos de liderança em empresas, até atendimentos em postos de saúde, uso de nome social, entre outros.
A psicologia aponta que o medo é uma das principais causas da homofobia. O desconforto e a ignorância também aparecem.