O filme produzido pela Netflix “O menino que descobriu o vento” retrata a história de um garoto de Malawi, que, por meio dos estudos, ele consegue desenvolver energia eólica como uma forma de lidar com a seca de seu vilarejo. Essa longa-metragem representa a importância das energias renováveis para mitigar problemas da sociedade e a melhorar a qualidade de vida. No entanto, a falta de investimentos estatais e o desconhecimento acerca das fontes energéticas são empecilhos para promover mecanismo de sustentabilidade.
Nesse viés, sabe-se que a negligência do Estado na adoção de fontes alternativas de energia prejudica tanto a população quanto a natureza, pois a uma dependência energética dos combustíveis fósseis, que aumenta a poluição ambiental e, consequentemente, coloca em risco a saúde dos cidadãos. Segundo Hobbes, o homem cede parte de sua liberdade à manutenção da ordem social, que deve ser garantida pelo Estado. Entretanto, enquanto não houver ações governamentais para diversificar a matriz energética, priorizando energias renováveis, não será possível desenvolver mecanismos sustentáveis para viabilizar uma vida de qualidade para os futuros habitantes.
Além disso, o déficit no ensino das escolas sobre a importância da utilização de energias alternativas acarreta a futura escolha de representantes políticos, os quais devem dar a devida atenção para o desenvolvimento sustentável. Desde a Conferência ECO-92, há uma preocupação da ONU em promover um modelo de desenvolvimento ambientalmente sustentável para ser aderido pelos países. Dessa forma, faz-se necessário que a população tenha consciência da relevância de medidas sustentáveis, como o uso de energia renovável, escolhendo representantes que apresentem propostas semelhantes à ECO-92 para garantir uma melhor qualidade de vida para as próximas gerações.
Conclui-se, portanto, que o descaso das esferas governamentais e a ignorância dos cidadãos acerca das energias renováveis são entraves para um desenvolvimento mais sustentável. Para mitigar tal problemática, cabe ao Ministério da Educação acrescentar à BNCC uma cartilha sobre a matriz energética mundial e nacional, além de promover palestras sobre como tornar a produção de energia mais sustentável. Tal medida será realizada por meio de professores da área biológica e geográfica, a fim de conscientizar a população e, consequentemente, possibilitar a escolha de representantes que colaborem para implantação de medidas mais sustentáveis.