Segundo a ideologia do Sociólogo polonês Zygmunt Bauman, a modernidade líquida é marcada pela falta de solidez nas relações econômicas, políticas e humanas. Nesse sentido, os desafios de incluir pessoas no corpo social é um sórdido reflexo dessa realidade e o problema permanece intrinsecamente ligado à sociedade, seja pela passividade governamental, seja pela ausência de informações. Analisando o pensamento e relacionando - o a realidade dos impactos, percebe-se a necessidade de um olhar mais atento para o aprimoramento acerca dos desafios e esclarecimentos sobre a doação de órgãos no Brasil, que sofre com acúmulo de infraestrutura limitada e recusa das família.
Em primeiro lugar, de acordo com Herbert Spencer, "Toda a causa produz mais de um efeito". Diante desse nexo, observa-se que a prática da falta de estrutura e recurso para procedimentos e profissionais especializados é reflexo do descompromisso social e a realidade de muitas pessoas que estão esperando a doação, que frequentemente encontram-se em hospitais com escassez de equipamentos e insumos- hospitalares, e o árduo resultado desse contraste é claramente refletido em filas de esperas gigantes, ocorrendo lentidão no processo. Nesse contexto, pacientes e familiares são prejudicados devido a desestruturação e a desorganização governamental.
Ademais, cabe destacar aque culturalmente, o Brasil não é um país de doadores por excelência, visto que cerca de 43% das famílias consultadas (dados de 2018 do SUS) recusam-se em autorizar a doação, percebe-se que parte dessa porcentagem estão relacionada também a familiares que não são devidamente informadas sobre o procedimento ou que não sabiam que o ente desejava ser doador. Sendo assim, gerando graves consequências para o futuro, e tem-se com decorrência dificuldades para equilibrar a quantidade de doadores e de pacientes em filas. Dessa maneira, prejudicando e comprometendo a qualidade de vida do cidadão.
Em face do exposto, visando a importância do transplante de órgãos e com a ajuda do Ministério da Saúde, órgão responsável pelas bases salutares do país, deve promover campanhas publicitárias por meios do desenvolvimento, nos hospitais públicos e inserir nas escolas grades curricular, palestras que se relate e discuta sobre o tema , com presença de médicos cirurgiões e professores que se identifiquem com a causa e que esclareçam acerca da necessidade de ser um doador. Com o fito de desconstruir mobilizações incoerentes e estimular a importância do ato de amor e solidariedade pelo próximo,sendo assim resgatando uma vida.